Sistema de detecção e alarme de incêndios: um aliado na proteção de patrimônios históricos e culturais brasileiros

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*Por Bruno Machado Teixeira

 

O Ministério Público Federal recomendou nesta terça-feira, dia 23 de outubro, um plano de prevenção e combate a incêndios em museus no País para evitar novas ocorrências como a do Museu Nacional no Rio de Janeiro  que causou a perda de grande parte do acervo exposto na instituição. As chamas se espalharam rapidamente pelo prédio, destruindo quase 20 milhões de peças e artefatos. Alguns itens sobreviveram ao fogo, como o crânio de Luzia, o fóssil humano mais antigo encontrado nas Américas, e o raro meteorito Bendegó,  que vale milhões de reais.

O trágico evento nos faz refletir sobre a importância de um sistema de detecção e alarme a incêndios e como esses cuidados podem salvar vidas e patrimônios.

Falta de manutenção
As principais causas de incêndios estruturais estão, basicamente, ligadas à falta de manutenção preventiva dos sistemas, à qualidade dos equipamentos e materiais utilizados para a detecção e, inclusive, alguns projetos mal estruturados.

Mas, esses sistemas não são caros?

Trabalhar na prevenção de incêndios e na segurança de imóveis, clientes, moradores e visitantes, além de trazer inúmeros benefícios, não custa tão caro e pode ser um processo simples e descomplicado.

Aqui vão algumas dicas de como fazer isso:

  • Detectores de fumaça: prédios, incluindo museus, centros culturais e prédios públicos podem se tornar mais seguros. Mesmo que o detector de fumaça não seja obrigatório nos halls internos dos andares em alguns tipos de edifícios, sua presença indicará com rapidez a existência de um problema e diminuirá muito seus efeitos. Prédios mais novos já trazem esses dispositivos, porém eles podem ser instalados em imóveis de forma prática, rápida e com baixo custo;
  • Sempre use equipamentos produzidos com base nas normas vigentes da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Além de serem confiáveis, possuem alta qualidade e são financeiramente acessíveis;
  • Mantenha o ambiente com iluminação de emergência adequada e com sua manutenção em dia, o que inclui rotas de fuga bem sinalizadas. Atualmente, existem vários produtos disponíveis, de alta qualidade e de fácil instalação;
  • Uma boa dica para administradores prediais é convidar uma revenda de confiança para visitar o imóvel e verificar qual central de alarme de incêndio pode ser utilizada: existem equipamentos bem econômicos, com poucos pontos de detecção ideais para ambientes menores, como prédios baixos, pequenas e médias empresas, galerias de arte ou que requerem poucas características de gestão de sinistro;
  • Além da questão econômica, também existe um respaldo civil e criminal no caso de algum sinistro: se tudo está em ordem, não haverá responsabilização por negligência ou omissão;
  • Não se esqueça: um sistema de detecção de incêndios deve ser encarado como um benefício e não como um gasto desnecessário ou obrigatório.

Desastres como a destruição do Museu Histórico podem e devem ser evitados. Não é a primeira vez que perdemos parte da nossa cultura para as chamas, mas podemos trabalhar para que seja a última.

*Bruno Machado Teixeira –  gerente do Segmento Iluminação e Incêndio da Intelbras e trabalha na empresa há mais de 16 anos. Formado em Engenharia de Produção pela UFSC, possui MBA em Comércio Exterior pela FGV.  

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