Vazamento de químico e incêndio atingem terminal portuário em Guarujá

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(Imagem: Reprodução/A Tribuna/Rogério Soares)

O incêndio de grandes proporções que atingiu o pátio de cargas do terminal alfandegado da Localfrio, na margem esquerda do Porto de Santos, em Guarujá, está sob controle, mas ainda há contêineres pegando fogo no local, conforme informações do Corpo de Bombeiros.

O vazamento de dicloroisocianúrico, seguido de incêndio, começou por volta das 15h30 de ontem, quinta-feira (14/01). Cerca de 20 contêineres refrigerados que armazenavam produtos químicos foram atingidos pelo fogo. De acordo com informações do tenente do Corpo de Bombeiros, Rafael Marques, nesta manhã (15/01), cerca de 18 horas após o começo do fogo,  há 25 contêineres ainda pegando fogo.

Nesta etapa, eles se concentram em fazer o resfriamento externo para depois iniciar o combate ao fogo em cada um desses contêineres. A expectativa da corporação é que o combate ao incêndio se estenda ao longo do dia.

“Neste momento estamos fazendo o resfriamento externo deste conjunto completo de contêineres. Uma outra equipe vai retirando contêiner por contêiner e fazendo o combate individual, a fim de eliminar realmente o fogo que ainda exista neles. O mais importante é que o acrilato de butila, que é um composto químico bastante difícil de lidar, já foi isolado e não há mais o risco de fogo neste composto”, afirmou.

Na manhã de hoje, diversos bairros em Guarujá amanheceram tomados por uma densa fumaça. A recomendação do tenente do Corpo de Bombeiros é se afastar destas regiões e usar um pano seco para proteger o rosto. Isso porque, como há diferentes compostos químicos nestes locais, o contato com água pode ser prejudicial à saúde.

“Continuamos com a orientação de que as pessoas não se exponham a esta névoa, por conta de ainda não termos uma definição técnica de todos os componentes químicos que estão reagindo neste momento. O Município está preparando três unidades para o atendimento a essas pessoas. Passamos a noite com 20 profissionais à disposição da população e iremos ampliar este número”, afirmou.

Riscos à saúde
De acordo com informações do engenheiro da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), Pedro Paulo Chagas Marinho, a principal causa desta névoa é o dicloroisocianúrico, um composto químico que serve, basicamente, para fazer a desinfecção de água, muito usado na limpeza de piscinas.

“Os riscos da inalação deste composto seriam irritações nos olhos e nas vias respiratórias. Dependendo da sensibilidade do indivíduo, pode sim ter reações adversas. Por isso, as pessoas não devem se expor diretamente a esta névoa. Ao perceber o odor, devem se afastar”.

Na avaliação do engenheiro ambiental, por se tratar de um produto granulado, possivelmente, sua combustão ocorreu em razão de uma avaria em um dos contêineres onde o produto estava armazenado. “O contato com a água da chuva pode ter permitido a combustão do produto”.

Ainda conforme Marinho, por enquanto não está definido o valor da multa que será aplicada à empresa portuária após o incêndio. “Provavelmente, na semana que vem, já teremos um valor acertado. Mas, por enquanto, temos que avaliar a dimensão deste incêndio, para verificar qual será a punição da empresa”.

Até às 10h desta sexta-feira (15/01), consta a informação de que a fumaça tóxica continua e já atingiu as cidades de Guarujá, Santos, São Vicente e Praia Grande. Cerca de 102 pessoas haviam procurado atendimento médico nos hospitais e pronto socorros de Guarujá e Santos com sintomas de irritação nos olhos e problemas respiratórios.

Fonte: A Tribuna

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