As equipes do Sistema Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, vinculado à Fundação Florestal, já começaram os preparativos para o período de incêndios florestais no Estado de São Paulo, que começa em maio e estende-se até outubro. Ano passado o período foi atípico, segundo Vladimir Arrais (Vlad), gestor e coordenador da Operação, e este ano não deve ser diferente.
De acordo com o Climatempo, o inverno de 2021 será menos quente, mas mais seco que o normal. Por isso, segundo Vlad, os primeiros passos foram a criação de aceiros em locais de maior risco e em propriedades rurais próximas a áreas de preservação. “Vamos fazer cerca de 500 quilômetros lineares de aceiros em áreas com mais riscos nas mais de 100 unidades de preservação que temos no Estado de São Paulo”, calcula. “A iniciativa privada, com usinas de cana e proprietários rurais, devem fazer mais 400 quilômetros, além de outros 300 quilômetros feitos por empresas, totalizando 1.200 quilômetros de aceiros este ano”.
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Manutenção Preventiva
O Sistema Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais também deu início, em março, à manutenção de equipamentos, máquinas e veículos de combate a incêndio. São motobombas, mochilas e carros de fiscalização e de enfrentamento às chamas. “Fazemos ainda a verificação dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), além de substituir aqueles que não têm mais condições de uso”.
Dentro do Projeto de Prevenção e Combate a incêndio (PPC), Vald faz contatos com órgãos estaduais e municipais, Corpo de Bombeiros e Prefeituras. “Vamos contratar mais 40 bombeiros civis, que se reunirão aos mais de 300 funcionários permanentes da Operação Corta-Fogo na fiscalização das áreas de proteção ambiental e, se necessário, no combate ao fogo”.
Atualmente, além dos 300 funcionários, a Operação Corta-Fogo conta com 100 vigilantes terceirizados. “Todos eles recebem treinamento e atuam como brigadistas na linha de frente para debelar o fogo”, garante Vlad.
Contato com Proprietários Rurais
Em paralelo às ações de preparo, funcionários da Operação Corta-Fogo, segundo Vlad, fazem visitas periódicas às propriedades rurais que fazem divisa com as áreas de preservação no Estado. “Eles conversam com os responsáveis alertando para o risco das queimadas descontroladas que podem se tornar um grande problema, principalmente durante estação de seca. Também dão orientações de como proceder caso ocorra algum incêndio”.
Dificuldade Extra com a Pandemia
Devido ao isolamento social provocado pela pandemia do coronavírus, Vald afirma que as dificuldades se tornaram maiores. Além do problema de circulação das pessoas, a compra de equipamentos e materiais fica comprometida devido ao atraso nas fábricas provocado pela escassez de matéria-prima.