Cães de busca e resgate do Corpo de Bombeiros têm treinamento intenso

Treinadores buscam características específicas nos filhotes para escolherem os melhores animais

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Curioso, brincalhão, destemido e de personalidade forte. Essas são as características que o Corpo de Bombeiros procura em cães que irão integrar o grupo de busca e resgate da corporação. Atualmente o canil do CB de São Paulo conta com seis fêmeas, entre elas a Pandora, da raça Pastor Belga, treinada pelo Cabo Fabrício de Miranda Assumpção.

 

Com dois anos e meio, Pandora já participou de diversos resgates, inclusive do bombeiro que morreu durante deslizamento de terra no Guarujá, em março deste ano.

 

O cotidiano desses animais é intenso, mas cheio de brincadeiras, explica o Cabo Assumpção. “O treinamento é diário e envolve simulações de situações reais, mas que para o cão é um divertimento”. O bombeiro garante que os animais não são forçados a nada. “Fazem tudo por puro prazer”.

 

E é exatamente este o motivo pelo qual a escolha de um filhote é muito cuidadosa. Doado ou adquirido de criadores, eles precisam ter características bem específicas. “Visitamos a ninhada e obervamos. Ao contrário de quem está buscando um pet, nós queremos aquele filhote que é curioso, brincalhão, que não mostra ter medo”, afirma. 

 

Por isso, mesmo depois de escolhidos os filhotes são testados. “O cão tem de se adaptar às condições de trabalho. Ele não pode ter medo de barulhos. Por isso, o levamos perto de sirenes e do caminhão dos bombeiros, por exemplo”, lembra Assumpção.

 

Com cinco meses, o cão começa o treinamento. “Nós iniciamos com a sociabilidade, pois ele terá que ir para os mais diversos ambientes e irá trabalhar sozinho. Não interferimos quando eles está buscando alguém perdido na mata ou soterrado”, diz Assumpção.

 

Em seguida o treinador trabalha as aptidões do cão, em especial o faro. E o treinamento é diário. “Somente quando eu estou de folga a Pandora ganha folga. Ela é alimentada, recebe água e é solta, junto com os outros animais. Mas treinar é só comigo”.

 

Os demais cães também vivem da mesma forma. Cada treinador é responsável pelo seu animal. E serão oito anos de trabalho juntos. “Quando completar seu oitavo ano, a Pandora será aposentada e irá viver comigo”, explica o cabo. “Todos os bombeiros que atuam com cães ficam responsáveis por eles após suas aposentadorias”. Assumpção lembra apenas de uma exceção.  Há dois anos a cadela Vasty, então com sete anos, apresentou um problema de saúde que a impediu de trabalhar. “Mas ela havia sido doada por uma médica com a condição de ser devolvida quando se aposentasse. E foi o que aconteceu. Mas a médica nos visitava sempre e era reconhecida pela Vasty”.

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