Com chegada da estiagem, Distrito Federal orienta sobre cuidados para não provocar queimadas
Fonte: Jornal Correio Braziliense
Com a chegada do inverno, em 21 de junho, o Distrito Federal começa a se preparar para a temporada de seca. Fora os cuidados com a saúde, a baixa umidade e a escassez de chuvas exigem atenção para o aumento dos casos de incêndios florestais. De maio, considerado o mês de início do período de estiagem, até sábado, o Corpo de Bombeiros registrou 847 ocorrências desse tipo. De acordo com informações da corporação, a quantidade de queimadas nesta época do ano tende a chegar a até 50 por dia. No ano passado, entre os meses de maio e julho, os militares atenderam 2.219 casos de fogo em florestas. A quantidade de vegetação devastada correspondeu a uma área de 2,2 mil hectares, o equivalente a mais de 3 mil campos de futebol.
Comandante do Grupamento de Proteção Ambiental (GPram) do CBMDF, o tenente-coronel Ricardo Vianna destacou que 90% dos incêndios florestais são causados por pessoas, intencionalmente ou não. “Estamos com 200 militares prontos para atuar nesses casos em áreas afastadas das cidades. Na parte urbana, contamos com 400 bombeiros atendendo as solicitações”, detalhou. Além do aumento do efetivo, Vianna informou que órgãos federais e distritais têm trabalhado em conjunto, promovendo ações educativas nas proximidades de parques e unidades de conservação do DF e Entorno.
Estado de atenção
Na sexta-feira, após cinco dias de umidade do ar abaixo dos 30%, a Defesa Civil emitiu alerta de estado de atenção. Apesar de os índices estarem em torno de 40% na parte da manhã, o período entre as 14h e as 17h tem sido mais crítico. “Quem mora em Brasília está acostumado, mas é importante tomar muito cuidado com a hidratação”, ressaltou o coordenador de operações da Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil, tenente-coronel Sinfrônio Lopes.
Ele também frisou a importância da adoção de cuidados especiais com a população infantil e idosa. “O período de seca é quando há mais ocorrências envolvendo doenças do aparelho respiratório”, lembrou. A previsão é de que a situação normalize entre os meses de setembro e outubro, com o início do período de chuvas.
No sábado, diante da queda na umidade relativa do ar mínima, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) também emitiu alerta amarelo para a região, que significa situação meteorológica potencialmente perigosa. Isso porque a umidade relativa do ar estava abaixo de 30%. Meteorologista do instituto Manoel Rangel destaca que, neste período do ano, uma massa de ar seco costuma atuar em cerca de 80% do país. Ela é responsável por inibir a formação de nuvens de chuva e resulta na queda dos índices de umidade da atmosfera. “A umidade costuma cair no inverno e o mês de junho tende a ser mais seco. No caso de Brasília, que está a 1,2 mil m acima do nível do mar, isso não se trata de algo incomum e é bastante compreensível do ponto de vista climatológico”, explicou.
Para saber mais
Alertas da Defesa Civil
Estado de atenção: umidade relativa do ar mínima entre 30% e 21%
Estado de alerta: umidade relativa do ar mínima entre 20% e 12%
Estado de emergência: umidade relativa do ar mínima abaixo de 12%
Inverno
O que esperar para os próximos dias
Céu com poucas nuvens
Temperatura relativamente elevada durante o dia (26ºC a 29ºC)
Temperaturas amenas durante a madrugada (10ºC a 12ºC)
Umidade relativa do ar variando entre 80% e 20%.
Fique atento
Ao fazer fogueiras, limpe a área em um raio de, no mínimo, 2m
Faça a fogueira dentro de um buraco para evitar que a brasa se espalhe
Apague a fogueira com água e enterre as cinzas
Não queime lixo. Faça o descarte correto
Não jogue bituca de cigarro próximo a locais com vegetação
Ao avistar queimadas , iligue para os bombeiros, 193, o Ibram, 162, ou a Polícia Militar Ambiental, pelo WhatsApp 99351-5736
Cuide-se
Evite a prática de exercícios ao ar livre entre 10h e 16h
Mantenha-se hidratado
Use roupas leves
Use protetor solar
Dê preferência a alimentos mais leves
Mantenha os ambientes umidificados