MA: Mirador é a 2ª cidade do país com mais focos de incêndio em 2015
Seis municípios do Maranhão estão entre os que mais registraram focos de incêndios florestais em todo o país, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Somente nos primeiros seis dias mês de agosto, já foram registrados, segundo o instituto, 859 focos no Maranhão. No início deste mês, a maior quantidade de focos de incêndio foi registrada em Grajaú (105 focos) – o maior índice de todo o Brasil para o período. Mirador, Jenipapo dos Vieiras, Barra do Corda também aparecem na lista.
Já na contagem de focos registrados de janeiro a agosto, a cidade maranhense de Mirador é a segunda da lista, com 482 focos, atrás apenas de Corumbá (MS), com 703. Em 2015, já foram 4.343 focos registrados no Maranhão. No ano passado, foram 25,4 mil. Da série histórica – iniciada em 1998, o ano com maior número de queimadas foi 2012, com 31,5 mil.
Com o início do período de estiagem no Maranhão, o núcleo estadual do Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais), do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), deu início aos trabalhos de combate aos focos de incêndio em terras indígenas, unidades de conservação e assentamentos do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). No Estado, são ao todo seis brigadas de incêndio – com 90 brigadistas – atuando nas principais regiões onde os focos são registrados.
De acordo com o coordenador do Prevfogo-MA, Ivanildo Farias, os trabalhos se concentram nas terras indígenas de Arariboia, Juçaral, Governador e Lagoa Comprida, na cidade de Amarante do Maranhão; Bacurizinho, em Grajaú; e Canela, Porquinho e Escalvado, no município de Fernando Falcão. Segundo o coordenador, falta, em grande parte, educação preventiva. “O maior problema é que há uma cultura de queimada. Elas são provocadas para renovar a lavoura, criação de pasto e até para caçar”, diz.
Cada brigada, segundo o Prevfogo-MA, conta com 15 pessoas treinadas para o combate a incêndios florestais. O treinamento costuma durar até 12 dias.
Fonte: G1 MA