Fonte: R7
Barão de Cocais, a 93 km de Belo Horizonte, ameaçada por uma barragem da Vale, não tem uma unidade do Corpo de Bombeiros há 12 anos. Até a estrutura de contenção de rejeitos ser colocada em alerta máximo, a única equipe de resgate que atuava na cidade era a da Associação de Bombeiros Voluntários de Barão de Cocais.
O grupo é formado por 46 pessoas que não recebem salários de socorristas, mas atendem a comunidade de 32 mil habitantes 24 horas por dia.
A estrutura é pouca. São três ambulâncias e um equipamento improvisado para combater incêndios. As contas básicas da associação são pagas pela prefeitura. Para manter a prestação do serviço, os voluntários dependem de doações.
Depois que a cidade entrou em alerta por causa da barragem da Vale, o trabalho dos bombeiros voluntários ganhou ainda mais notoriedade. Ueliton Rodrigues, bombeiro voluntário, garante que o grupo tem experiência para atuar no caso de um desastre. “Nossa equipe foi a primeira a chegar na tragédia de Mariana (MG). Hoje está acontecendo na nossa cidade e temos que dar o suporte”.
Desde que a movimentação do talude da cava da Mina de Gongo Soco aumentou a chance de ruptura da barragem, Barão de Cocais também ganhou o reforço de bombeiros militares de outras cidades.
Em Barão de Cocais, segue a incerteza sobre o futuro da barragem da Mina de Gongo Soco. A movimentação no talude da cava já é de mais de 25 centímetros em alguns pontos.
A mineradora Vale informou que um último estudo aponta que o paredão da mina deve deslizar para o fundo da cava, o que reduziria o risco da barragem sofrer impacto.
De acordo com o tenente Pedro Aihara, do Corpo de Bombeiros, a corporação utiliza um cálculo para definir em quais cidades terão unidades. “Esse cálculo envolve número de habitantes, rodovias próximas ao município, risco de estruturas, entre outras situações. No caso de Barão de Cocais, a unidade mais próxima é a de Nova União (MG)”.
