Sindag divulga estudo de protocolo brasileiro para combate a incêndios com aeronaves

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O Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) promoverá, no dia 20 de setembro, em Orlândia/SP, um encontro com a imprensa para divulgar os resultados de uma pesquisa para gerar o primeiro protocolo de avaliação da eficiência de combate a incêndio com aeronaves agrícolas no Brasil. A movimentação vai ocorrer a partir das 13h30, na base da empresa Tangará Aviação Agrícola (Rodovia Cel Francisco Orlando, km 2). O encontro terá a participação dos técnicos envolvidos no estudo e haverá demonstração de lançamento de água com aeronave agrícola – simulando um ataque a chamas. Além, é claro, de aviões em solo para mostrar os equipamentos.

Os testes de campo, ocorridos em maio, avaliaram seis modelos de aeronaves agrícolas utilizados no País, com capacidade para de carga entre 950 e 3,1 mil litros de água. O trabalho abrangeu, por exemplo, lançamentos de água em uma faixa de terreno com milhares de coletores – para se avaliar a quantidade de água (deposição) por metro quadrado e a área de molhamento efetiva nos lançamentos em alturas de combate ao fogo.

A pesquisa foi realizada em São José do Rio Preto, também no interior paulista.

 

Definição de estratégias

 

Os dados são importantes para se definir a efetividade de diferentes modelos de aeronaves e a melhor estratégia de combate às chamas em cada tipo de incêndio. Neste caso, considerando o Sistema Nacional de Classificação de Perigo de Incêndio (NFDRS) dos Estados Unidos, que é referência mundial para se determinar a quantidade de água necessária para o controle do fogo em áreas de campos, cerrado, vegetação arbustiva de alta densidade, florestas fechadas etc.

O que tornará mais efetivos os planos de contingências da iniciativa privada ou do setor público no Brasil.

A pesquisa é inédita na América Latina e foi coordenada pelas empresas Zanoni Equipamentos, SABRI–Sabedoria Aeroagrícola e RTC-Gestão de Riscos e Treinamentos. O trabalho contou com tecnologia nacional de comportas hidráulicas (adaptadas nos aviões para otimizar os lançamentos sobre as chamas) – lembrando que o Brasil já é exportador desse tipo de equipamento inclusive para o mercado norte-americano.

 

Momento crucial

 

Segundo o presidente do Sindag, Thiago Magalhães Silva (que vai participar do evento na próxima terça), o estudo chega em um momento crucial para o Brasil. Isso devido à sanção, em julho, da Lei Federal 14.406/2022, que inclui o uso da aviação agrícola nas políticas do governo para o combate a incêndios florestais. “Ao mesmo tempo em que a nova norma dá segurança jurídica para os gestores públicos apostarem na ferramenta aérea, agora se tem uma avaliação a eficiência de diferentes aeronaves para cada situação.”

Ou seja, a iniciativa deve otimizar o planejamento das ações de proteção contra as chamas, tanto de reservas naturais quanto em lavouras. Lembrando que, além de já atuar em contratos para órgãos como o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e em apoio aos governos de São Paulo, Bahia e Mato Grosso do Sul, cada vez mais a aviação agrícola integra planos de contingência de produtores rurais e usinas sucroenergéticas.

 

Capacidade

 

Atualmente, o Brasil tem a segunda maior frota de aviões agrícolas do País, com cerca de 2,5 mil aeronaves. No ano passado, aviões agrícolas brasileiros lançaram 19,5 milhões de litros de água contra o fogo para proteger biomas e lavouras – especialmente no Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste do País. O levantamento do Sindag aponta mais de 4 mil horas voadas e 10,9 mil lançamentos contra as chamas, realizados as por cerca de 30 aeronaves e envolvendo ainda algo em torno de 45 pilotos e 40 profissionais de apoio nas bases.

Conforme os dados do Sindag, o volume de água lançado no ano passado foi 80% superior ao das operações contra chamas de 2020. Em 2022, embora o combate às chamas esteja menos intenso do que em temporadas anteriores, a aposta é que esse estudo, mais a Lei Federal 14.406/2022, ajudem a fortalecer as estratégias contra as chamas em 2023.

O presidente do Sindag lembra que a temporada de incêndios no Brasil normalmente ocorre no período de entressafra em cada região. Justamente quando os aviões agrícolas estão parados. “Ou seja, especialmente para o setor público, é muito mais barato contar com aeronaves e profissionais (pilotos e equipes experientes no apoio em solo para preparar as aeronaves) somente nos períodos críticos do que comprar aeronaves e manter equipamentos, equipes e base o ano todo”, completa Thiago Silva.

Aliás, os próprios produtores rurais cada vez mais chegam à conclusão que é mais seguro contar com o avião agrícola contra os incêndios em lavouras ou reservas dentro de suas propriedades, do que amargar os prejuízos e riscos para as pessoas e instalações nas fazendas. Caso os planos de combate a incêndios elaborados pelas usinas sucroenergéticas de São Paulo e os serviços das brigadas aéreas em Goiás.

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