Robôs ajudam no combate ao fogo e em operações de busca e salvamento

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Tecnologia pode ser importante aliada contra incêndios em áreas urbanas e rurais – como os que ocorrem no Pantanal. Ano passado, Brasil recebeu conferência internacional sobre o tema

O Pantanal enfrenta uma de suas fases mais críticas das últimas décadas. O período de seca, comum à região, está mais intenso e o desmatamento, significativamente maior. Como consequência, os incêndios se alastram. As chamas, segundo dados do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), já atingiram 2,3 milhões de hectares, o que representa 15% de todo o bioma – ou quase três vezes a região metropolitana de São Paulo.

Ao mesmo tempo, o capital humano não se mostra suficiente para reduzir o fogo. Neste momento, uma força tarefa compreende bombeiros, brigadistas do Ibama e ICMBio, Forças Armadas e milhares de voluntários – e algumas aeronaves. Em comissão instalada no Senado para acompanhar as ações emergenciais, no entanto, o deputado federal Rodrigo Agostinho (PSB-SP) confidenciou:

“Não temos condições para fazer o combate efetivo aos incêndios florestais. O Brasil, por ter metade do seu território com florestas, precisa ter uma estrutura melhor”. Resta, então, torcer pela chuva.

Há muito a ser feito, mas, além da valiosa disposição humana, um dos segredos pode estar no uso estratégico da tecnologia. O Brasil tem se aberto a essa tendência, tanto é que, no ano passado, recebeu empresas de várias partes do mundo para a Conferência Internacional sobre Incêndios Florestais – Wildfire 2019, realizada em Campo Grande (MS).

Nesse sentido, companhias brasileiras também têm se destacado. Uma delas é a Unidroid, fundada em 2012, que aposta em robôs de combate a incêndios, buscas e salvamentos. Seu maior modelo, o STW, por exemplo, pode lançar 8 mil litros de água por minuto, sem precisar se preocupar com calor, água salgada, explosões ou desabamentos.

“O fogo é a força natural mais devastadora e está nos amedrontando desde a pré-história. Para combatê-lo, é preciso força, inteligência e tecnologia”, afirma José Carlos de Castro Jr., diretor de engenharia da empresa. “Até o momento, porém, empresas privadas compõem nossos principais clientes”, ressalta.

De olho no que está acontece não só no Brasil, como também em países como Estados Unidos e Austrália, a Unidroid tem trabalhado no desenvolvimento de um robô capaz de operar também em incêndios florestais. “Como se sabe, a maior dificuldade em se apagar o fogo nas matas é a disponibilidade de água”, diz Castro. “Estamos desenvolvendo uma tecnologia inédita capaz de apagar o fogo na mata usando uma quantidade muitíssimo baixa de água, podendo manter o robô operando em trabalho extremo por muitas horas sem precisar reabastecer”.

Além disso, complementa, essa máquina deverá ser compatível com a próxima geração rede de conexão móvel, o 5G. “Isso agregará a processo de inteligência artificial. Com a conexão a essa rede rápida, será possível calcular exatamente a quantidade de água necessária para o combate efetivo, mantendo os operadores longe do perigo”.

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