Maioria dos incêndios no Brasil tem origem na ação humana

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Com anos de atuação no monitoramento de queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o pesquisador Alberto Setzer, atual coordenador da área, é taxativo: mais de 99% dos incêndios florestais em território nacional são iniciados por ação humana. “Alguns são propositais, outros, por descuido, mas sempre com ação humana”, afirma. As causas naturais, principalmnte raios, são responsáveis por menos de 1%. Setzer se refere tanto ao produtor que vai fazer uma queimada no fundo do quintal e perde o controle do fogo, provocando um incêndio gigantesco, quanto aos incêndios dolosos, em áreas de conflito ou em florestas sendo transformadas em pasto. A situação pode ainda se agravar em períodos mais secos.

O tempo seco atinge os estados em diferentes meses do ano. Em Roraima, por exemplo, o pior período para ocorrência de incêndios é no fim e início do ano, de dezembro a março. No Sudeste, entre julho e setembro. No Pará, entre agosto e novembro. No Centro-Oeste, entre julho e novembro.

Impactos
A curto e longo prazos, os danos causados pelos incêndios são enormes. Segundo o chefe do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), Gabriel Zacarias, a gama de prejuízos é tão grande que qualquer estimativa acaba subestimada.

Uma das consequências diretas geradas pelas queimadas é a morte da vegetação, que implica falta de alimento para animais e, consequentemente, a sua morte. “Então, ocorre uma degradação ambiental significativa”, ressalta Zacarias. Além disso, a exposição do solo ao fogo faz com que ele aqueça, perca sua microfauna, que não está habituada à exposição a altas temperaturas. Em contrapartida, com as chuvas, a incidência da água no solo acelera os processos de erosão com transporte de matéria orgânica, que vai para os rios e, assim, estes são assoreados. Há também perda de produtividade do solo e de matéria orgânica.

O efeito estufa, além de ser um problema por si só, acarreta a diminuição de chuvas, que implica mais seca, mais propensão a incêndios e perda de produtividade nas áreas agrícolas. Outra consequência dos incêndios é a liberação de fumaça, que causa problemas respiratórios na população, além de aumentar o número de internações e gerar mais gastos com a saúde pública.

 

Fonte: Portal Brasil, com informações do Inpe, do Ibama e do MMA

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