Quando pensamos em construções em madeira, a primeira coisa que vem à mente são casas simples e bucólicas, localizadas em regiões de campo ou na praia. Essa visão, no entanto, está desatualizada. Nas últimas décadas, grandes edifícios têm sido construídos com o material, seja nos Estados Unidos ou na Europa – e mesmo no Brasil.
Segundo Maurizio Vairo, engenheiro civil pelo Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia, edificações em madeira massiva não são apenas uma tendência mundial como também uma necessidade em função de sua característica renovável – e, por consequência, sustentável.
A afirmação foi feita no dia 18 de agosto, durante o Seminário Internacional de Proteção Passiva Contra Incêndio (SIPP), que, em sua quinta edição, e por questões óbvias, foi realizado online. Organizado pela Associação Brasileira de Proteção Passiva Contra Incêndio (ABPP) em parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), o evento tem como objetivo trazer referências e problemas internacionais sobre o tema para o contexto brasileiro, difundindo informação e promovendo a inovação no País.
Em sua palestra, Vairo destacou que para garantir a resistência a incêndios das construções algumas providências precisam ser tomadas. “Os detalhes das conexões metálicas e das selagens, bem como controle do acabamento, são fundamentais para a manutenção da proteção passiva de uma construção em madeira”, diz.
Por isso, o especialista reforça que pesquisas, legislações e empreendimentos ao redor do mundo precisam ser utilizados como referências para que o Brasil siga essa tendência de maneira segura. “Nos Estados Unidos, por exemplo, há mais de 500 grandes projetos em andamento que utilizam a madeira como material principal. Por aqui, a previsão também é de um crescimento acelerado”.