Jovens atletas do Flamengo morrem em incêndio no Centro de Treinamento
Fontes: G1 e UOL
Jovens atletas do Flamengo estão entre os dez mortos em um incêndio em um alojamento no Ninho do Urubu, na Zona Oeste do Rio, no início da manhã desta sexta-feira (8).
As chamas atingiram as instalações onde dormiam jogadores entre 14 e 17 anos que não residiam no Rio. Ainda não há identificação dos mortos. Os bombeiros chegaram a dizer que todos eram adolescentes, mas não há informações oficiais.
Três jovens ficaram feridos, um deles em estado grave, e foram levados para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra:
- Cauan Emanuel Gomes Nunes, 14 anos, de Fortaleza (CE);
- Francisco Diogo Bento Alves, 15 anos;
- Jonathan Cruz Ventura, 15 anos, em estado mais grave.
Às 8h40, Jonathan foi levado às pressas para o centro cirúrgico. Ele sofreu queimaduras em 40% do corpo e será transferido para o Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz.
Os três feridos são de fora do Rio de Janeiro. Funcionários e médicos do clube estiveram na unidade e a expectativa é de poder transferir os meninos assim que a situação for estabilizada.
O Fla-Flu deste sábado, válido pela semifinal da Taça Guanabara, deve ser adiado. Secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude, Felipe Bornier afirmou que o governo decretará luto de três dias.
Passagem bloqueada
Um funcionário – que preferiu não se identificar – disse que, por causa da chuva na noite de quarta-feira, os meninos estavam de folga. O homem disse que chegava ao Centro de Treinamento no momento em que as chamas começaram. “Chegamos pra trabalhar eram umas 6h, junto com bombeiros. Eu recebi um telefonema quando eu estava chegando”, disse ele.
“O fogo pegou exatamente no local que estavam as crianças. Não espalhou porque os bombeiros chegaram rápido. Ali tinham três ou quatro quartos. O fogo pegou na porta e reteve a passagem”, completou.
O funcionário não soube dizer se a sede tinha brigada de incêndio, mas afirmou que havia extintores no local e que eles chegaram a ser usados no momento da tragédia.
Segundo o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Douglas Henaut, o material utilizado na construção do alojamento que pegou fogo é, de certa forma, de maior combustão do que a alvenaria convencional. “Mas se trata de uma forma de construção bastante utilizada, nada fora do normal”. Segundo ele, apenas a perícia identificará o motivo do incêndio.