FIRE SHOW 2018 – Segurança contra incêndio continua longe de ser prioridade para os brasileiros
Do incêndio no edifício Joelma, passando pela tragédia na boate Kiss, o recente desabamento de um prédio no centro de São Paulo e a destruição do Museu Nacional no Rio de Janeiro, a cultura de segurança dos brasileiros ainda não coloca o incêndio entre as prioridades, segundo Ademir Santos, supervisor de Treinamento da Honeywell para a América Latina.
O executivo apresentou-se durante a palestra “Situação atual e tendência na normalização para detecção e alarme de incêndio – NBR 17240/2010” na Fire Show – International Fire Fair, no São Paulo Expo, quando abordou a questão. “O Comitê CB-024 de Segurança contra Incêndios da ABNT tem 87 normas técnicas em vigor e duas normas em consulta pública. Além disso, o Brasil é signatário do acordo de boas práticas da OMC. Mas o que também pode fazer uma grande diferença nesta questão é a pressão da sociedade e de entidades do setor para uma legislação mais forte”, destacou.
De acordo com Santos, os brasileiros têm muitos outros problemas para se preocupar antes de se lembrarem da segurança contra incêndio. Já nos Estados Unidos, por exemplo, há várias décadas algumas cidades passaram por verdadeiras devastações causadas pelo fogo que custaram muitas vidas e bilhões de dólares, o que levou os governos locais, regionais e estaduais a tomarem atitudes legislativas drásticas em relação à segurança. “Lembrando também que lá, as construções em madeira são muito mais comuns e um risco adicional”, ressaltou ele.
As duas normas de segurança contra incêndios da ABNT em consulta pública podem ser verificadas nos sites www.abntonline.com.br/consultanacional.