FIRE SHOW 2018 – Normas evitam que incêndios provoquem queda de edifícios
O incêndio, seguido de desabamento, do Edifício Wilton Paes de Almeida, de 24 andares, no Largo do Paissandu, no centro de São Paulo, ocorrido em maio deste ano mostra que a falta de atendimento a normas de prevenção ainda coloca em risco de colapso edificações no país. A crítica é do professor Valdir Pignatta e Silva, do Departamento de Engenharia de Estruturas e Geotécnica da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, que falou sobre “Desastres de Edifícios Decorrente de um Incêndio”, durante o 20º Cobeni (Congresso Brasileiro de Engenharia de Incêndio), que acontece junto com à Fire Show 2018.
Assim como o Edifício Wilton Paes de Almeida, construído há mais de 50 anos, portanto antes das normas serem editadas, outros edifícios em São Paulo também apresentam risco e deveriam se adequar às exigências. “Com a legislação atual, um incêndio que se inicie num pavimento de um edifício de múltiplos andares não pode passar para o andar superior”, explica o especialista em estruturas em situação de incêndio.
Segundo Pignatta são poucos os edifícios que colapsam no mundo. “O projeto tem de ser feito de maneira que o incêndio fique confinado em seu local de origem. Qualquer edifício, de qualquer material estrutural – concreto, aço, alvenaria, madeira, o que quer que seja -, se projetado conforme as normas e regras atuais tem uma segurança adequada”.