Equipe de Combate a Incêndio Florestal Aeroterrestre faz apresentação à Operação Corta-Fogo
O primeiro semestre de cada ano é o momento em que bombeiros civis e militares, brigadistas e os diversos setores de Estados e municípios se preparam para o período de incêndios florestais pelo Brasil, que ocorre entre maio e novembro com pico em agosto. E dentro dessa preparação, a equipe de Combate a Incêndio Florestal Aeroterrestre do Centro de Treinamentos em Emergências – CFAB de São Paulo fez uma apresentação para o Sistema Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, conhecido como Operação Corta-Fogo.
De acordo com o diretor do CFAB, João Godoi, o serviço consiste na utilização de um helicóptero em auxílio à luta contra o fogo. “É um trabalho conjunto entre a aeronave e o pessoal em terra”, afirma.
A equipe foi formada há apenas quatro anos ano e já atuou em cidades no interior do estado como Bauru, Itatiba e Santa Isabel. Mas Godoi garante que está preparada para atuar em quaisquer estados brasileiros. “Esse pessoal recebeu um treinamento especial, mais longo e caro, para estar preparado para atuar junto com a operação do helicóptero”, explica. “Eles aprendem a embarcar com a aeronave à baixa altura, fazer o desembarque em áreas difíceis e trabalhar junto com o piloto”.
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O grupo, de acordo com Godoi, é levado para a área onde as chamas precisam ser debeladas e desembarcam para fazer os procedimentos em terra enquanto um dos combatentes, conhecido como fiel, segue com o piloto em busca de água, que é colocada no Bambi Bucket – bolsa de água acoplada embaixo da aeronave. Com rádios transmissores, o fiel se comunica com o pessoal em terra para definir como e onde a água será despejada. ”Geralmente atuamos em locais de difícil acesso, onde os brigadistas dificilmente conseguiriam chegar”, lembra.
Operação Corta-Fogo
A Operação Corta-Fogo é formada por diversos órgãos estaduais como a Coordenadoria Estadual de Proteção Defesa Civil (CEPDEC), o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar Ambiental, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), a Fundação Florestal (FF) e o Instituto Florestal (IF). A coordenação do sistema é realizada pela Secretaria Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, por intermédio da Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade. A articulação entre essas instituições ocorre por meio do Comitê Executivo, que tem como objetivo delinear ações integradas e complementares.