O combate a incêndios florestais pelo mundo conta cada vez mais com novos aliados: aviões comerciais aposentados, alguns deles gigantescos. Empresas do segmento têm reformulado aeronaves aposentadas para utilização em áreas de incidência de queimadas, da floresta amazônica à Austrália. E a demanda tem crescido anualmente.
O processo de adaptação da aeronave envolve uma série de transformações, seguindo requisitos legais de segurança e eficácia. Entre os exemplos estão adaptação da área interna para a equipe e acomodação dos tanques de água, fuselagem, sistema de navegação e motores.
O gigante 747-400 Supertanker, da Global SuperTanker, é uma dessas aeronaves: maior avião-tanque do mundo, é uma adaptação do comercial Boeing 747, o segundo maior avião comercial em atividade. Entre os países que utilizam o avião-tanque, com capacidade de 18 mil galões de água, estão Bolívia e Chile. Outros modelos entre os maiores do mundo são o Boeing 737, o McDonnel Douglas DC-10 Tanker e o MD-87 (Douglas DC-9 – MadDog).
Esses aviões se mostraram excelentes nesse tipo de serviço, principalmente porque têm grande autonomia, atingem altas velocidades e conseguem fazer manobras mesmo em altura próxima dos incêndios – além de poderem carregar equipes inteiras com conforto.
Os Estados Unidos, muito castigados por incêndios na época de seca, são o país que mais investe nesse tipo de tecnologia. No Brasil, o governo tem aviões de combate a incêndio, mas nenhum deles se encaixa nesse perfil de aeronave comercial adaptada.