Com disparada no número de ocorrências em MG, incêndios já superam poder de combate dos bombeiros no estado

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A disparada no número de incêndios florestais em Minas Gerais faz com que as ocorrências no estado superem a capacidade de combate do Corpo de Bombeiros. Reportagem do jornal Estado de Minas mostra que somado ao déficit de pessoal o aumento sobrecarrega a tropa, torna indispensável a presença de brigadistas e voluntários e acaba causando lentidão no atendimento de demandas.

Hoje, são cerca de 5.500 pessoas na corporação do estado. Apenas em setembro, no entanto, foram 4.187 incêndios florestais. E o número não contempla as ocorrências de rotina, também atendidas pelos bombeiros – entre elas, prevenção, atendimento pré-hospitalar, busca e salvamento, acidentes de trânsito, defesa social, combate a incêndios em imóveis. No total, são cerca de 30 mil por mês.

Entre agosto e setembro, houve um aumento de quase um quarto nos incêndios florestais em território mineiro. Estima-se que a ação humana esteja por trás de 90% das queimadas.

Com a alta demanda, quem sofre é a própria população, que sucessivamente reclama da demora no atendimento. Nas últimas semanas, o Estado de Minas registrou a insatisfação de denúncias de voluntários e moradores vizinhos aos locais atingidos pelo fogo.

Na Lapinha da Serra, na Serra da Moeda, na Serra do Cipó, em Nova União e até no bairro Santa Cruz, em Belo Horizonte, houve queixas da longa espera até a chegada dos militares. Diante da situação, vizinhos se unem com mangueiras de jardim e até baldes de água para tentar diminuir as chamas.

“Está havendo muito mais incêndio este ano”, disse ao jornal o tenente Leonan Soares Pereira, do Batalhão de Emergências Ambientais e Resposta a Desastres (Bemad), que chefia o combate a vários focos no estado.

Ele comparou a situação com a pandemia do novo coronavírus. “Todo mundo começou a entender como ‘achatar’ a curva. Se todos os incêndios acontecem ao mesmo tempo, é impossível colocar bombeiro para apagar tudo.”

Diante da situação, os bombeiros estabeleceram uma escala de prioridades nos atendimentos. Pela ordem, afirma o Estado de Minas, ela contempla enfrentamento a incêndios que ameaçam residências, indústrias, empresas, parques e reservas ambientais. A ideia por trás dessa ordem é que, entre a vida e a mata, a vida prevalece.

Para auxiliar os atendimentos, os bombeiros do setor administrativo, conhecidos como “quarto esforço”, estão trabalhando normalmente em escala de sobreaviso, podendo ser convocados a qualquer momento – o que ocorreu em diversas ocasiões nas últimas semanas.

Em nota enviada ao jornal, o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais reforçou que está combatendo incêndios em todas as regiões do estado. “Alguns são de grandes proporções, demandando, portanto, uma importante estrutura que inclui o empenho de dezenas de militares, viaturas e equipamentos. Além disso, o forte calor, os ventos comuns da estação e a dificuldade geográfica tornam o combate ainda mais demorado e difícil”, diz o texto.

A corporação reconheceu que tem dificuldade de atender a toda a demanda. “Contudo, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais permanece empenhado em atender a todas as ocorrências, considerando o critério de priorização de atendimento aos casos que oferecem maior risco para vida dos moradores da região.”

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