Caso Boate Kiss: 2 bombeiros são condenados e 6 inocentados
Dois oficiais do Corpo de Bombeiros foram condenados pela Justiça Militar do Rio Grande do Sul a 1 ano, e 1 ano e seis meses de prisão, respectivamente por irregularidades na concessão de alvarás para a Boate Kiss, onde um incêndio ocorrido em janeiro de 2013 matou 242 pessoas. Outros seis acusados foram inocentados das acusações no julgamento realizado na cidade de Santa Maria.
O julgamento deles ocorreu no dia 2 de junho, porém a sentença somente saiu no dia seguinte, hoje, 3 de junho. O Ministério Público e as defesas dos condenados anunciaram que irão recorrer da decisão.
Moisés Fuchs, tenente-coronel da reserva e ex-comandante do 4º Comando Regional dos Bombeiros, e o capitão Alex da Rocha Camillo, foram condenados por inserção de declaração falsa, referente à assinatura do segundo alvará da Kiss. Segundo a juíza Viviane Pereira, cujo voto foi seguido pelos demais magistrados, o segundo alvará foi emitido de forma ilegal, pois não havia um PPCI (Plano de Prevenção Contra Incêndio). Fuchs também foi condenado por prevaricação (quando o crime é praticado por servidor contra a administração pública, cumprindo ato de ofício indevidamente para satisfazer interesse ou sentimento pessoal).
Os réus aguardarão em liberdade até julgamento em segunda instância no Tribunal de Justiça Militar, em Porto Alegre (RS), em data ainda não definida.
Pela Justiça no âmbito civil, outras quatro pessoas respondem por homicídio doloso: os sócios da boate, Elissandro Sphor, o Kiko, e Mauro Hoffmann, além de dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira: Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão.