Recomposição do efetivo e criação de um quadro de bombeiros estão previstas nas metas de gestão do – por Débora Luz / fotos Osíris Bernardino
A revista Incêndio nesta edição traz a entrevista com o novo comandante do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de São Paulo, Coronel PM Rogério Bernardes Duarte. O novo comandante tem 51 anos, 35 deles à carreira militar e 26 no Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo. No ano de 1991, se tornou bacharel em Direito. Duarte realizou mestrado e doutorado em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública pelo Centro de Altos Estudos de Segurança da PM. Também se formou especialista em Políticas Públicas e Gestão em Segurança Pública pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. No Corpo de Bombeiros foi chefe de gabinete do comando, chefe do departamento de finanças, comandante da Escola Superior de Bombeiros, do Corpo de Bombeiros do Interior, coordenador operacional e subcomandante. Desde o dia 14 de agosto de 2015 exerce a função de comandante dos bombeiros paulistas, que atualmente conta com um efetivo de 10.031 homens fixados por lei, sendo e 8.600 bombeiros existentes.
O que significa para o senhor assumir o comando do CBPMESP?
O fato de assumir o comando de uma corporação tão querida e bem conceituada junto à população é uma honra. Sem dúvida, é a coroamento de toda uma carreira chegar ao comando dos bombeiros, ainda mais o de São Paulo, que é o segundo maior do Brasil (em termos de tamanho e composição do efetivo).
Quais suas metas de gestão?
Pretendo dar continuidade ao estabelecido em nosso Planejamento Estratégico, mormente no aprimoramento da gestão administrativa e operacional e à expansão dos serviços de bombeiros no Estado de São Paulo dentro dos critérios estabelecidos pela Lei Estadual nº 1.257/15 (Código Estadual de Proteção Contra Incêndios e Emergências); Consolidar cada vez mais a Gestão Operacional para RAC (Redução de Acidentes), como importante ferramenta de gestão para a efetiva redução de acidentes em geral; Aprimorar o Sistema “Via Fácil Bombeiro”, com a possibilidade de upload das plantas do projeto de proteção contra incêndios, facilitando e agilizando ainda mais o acesso do público em geral aos serviços disponíveis para regularização das edificações junto ao Corpo de Bombeiros; Obter a reestruturação de nosso efetivo, complementando as vagas existentes, de modo a melhorar a composição de nossas guarnições de atendimento operacional, principalmente aquelas de primeira resposta a incêndios, otimizando os recursos destinados aos locais sinistrados; Obter o pagamento de bônus aos bombeiros em função do alcance de metas operacionais a serem estabelecidas, como justa medida de valorização profissional, a exemplo do que já ocorre com os policiais militares que atuam no policiamento ostensivo e, nesse particular, ressalto que o Corpo de Bombeiros contribui até mesmo com a redução dos indicadores de homicídios, pois diversos são os atendimentos às vítimas agredidas por armas de fogo ou armas brancas que, se não fossem socorridas, poderiam “engrossar” as estatísticas dos homicídios; Criar o Quadro de Bombeiros, o que nos dará a autonomia que precisamos na gestão de nossos recursos humanos, em especial na sua formação e aperfeiçoamento profissional e a possibilidade do desenvolvimento de toda uma carreira, de modo integral, dentro do próprio Corpo de Bombeiros; e Fortalecer as parcerias com outros órgãos e entidades que atuam na área de segurança contra incêndios e emergências, convicto de que a integração é algo essencial no enfrentamento das adversidades a que estamos sujeitos no dia a dia, a exemplo do que ocorreu em Santos (SP), no bairro da Alemoa, durante o atendimento do incêndio em parque de tanques, que durou nove dias e contou com a atuação conjunta e coordenada de diversos atores, congregando empresas que faziam parte de Planos de Auxílio Mútuo ou de Redes Integradas de Emergências, além das próprias Forças Armadas.
Leia a entrevista na íntegra em Incêndio – edição 127
