Articulações ajudam no combate a incêndios em regiões ribeirinhas
Os incêndios florestais, sejam os provocados por fenômenos climáticos, sejam os de causa indiscriminada, assolam territórios importantes no Brasil e não afetam apenas a flora e fauna, mas também populações inteiras ficam prometidas, em especial as ribeirinhas.
Para se ter ideia da dimensão do problema, recentemente os governos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul decretaram emergência em razão do fogo presente no Pantanal. Com a medida é possível viabilizar a participação do governo federal em áreas estaduais por meio da Defesa Civil, além da transferência de recursos o combate aos incêndios nos municípios atingidos.
Regiões ribeirinhas
Com parcerias, as próprias populações juntamente com Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, esferas de governo e organizações da sociedade civil estão transformando esse cenário desanimador numa fonte de esperança.
Nas regiões citadas, inclusive, o trabalho integrado é essencial para obter resultados positivos. Rodrigo Agostinho, presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), esteve em Cuiabá, MT, em novembro, para coordenar as ações com órgão federais e estaduais, lembra que as condições climáticas adversas (estiagem prolongada, ondas de calor, umidade do ar baixa e ventos intensos) favorecem a ocorrência de incêndios, trazendo agravos à saúde, sobretudo em idosos e crianças. “Todo fogo no Pantanal precisa de atenção e issonão é algo simples, por isso, vamos trabalhar juntos”, disse em nota à Agência Brasil.
Outras ações
Por meio da aprendizagem, esses territórios se fortalecem para reverter os quadros de focos de fogo e outros desastres que possam ocorrer. Em Divinópolis, MG, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais e Defesa Civil realizaram um treinamento em prol da população ribeirinha, por meio da formação de Núcleos Comunitários de Proteção e Defesa Civil (NUPDEC).
A ação foi em novembro e teve como palco a Escola Estadual Vicente Mateus, com moradores e colaboradores dos bairros das Oliveiras, onde está situada a escola, e Jardim Candelária. Militares do 10° Batalhão Bombeiro Militar (BBM) de Divinópolis instruíram sobre primeiros socorros em afogamentos, fuga de veículos em caso de inundação e como agir em caso de desabamentos.
“O treinamento foi crucial para capacitar indivíduos a responderem eficientemente a situações críticas até a presença do Corpo de Bombeiros no local. Esses conhecimentos podem salvar vidas e minimizar danos, destacando a importância vital da preparação e resposta eficaz em face de emergências”, informa nota da corporação.
Tecnologia
Além do aporte humano no combate aos incêndios, as comunidades ribeirinhas e corporações que nelas atuam também contam com os recursos tecnológicos como aliados. A Big Tech Google, por meio de uma parceria com o Instituto Nacional de Pesquisa e Espaciais (INPE), principal autoridade em monitoramento de incêndios e desmatamento, desde junho implementou o sistema de alertas, cuja tecnologia combina dados de imagens de satélite com Inteligência Artificial para detectar incêndios desde seu princípio. Bacias de 17 rios, sendo Amazonas, Paraguai (Pantanal), Doce, Caí, Muriaé, Acre, Madeira, Parnaíba, Taquari, Branco, Xingu, Mundaú, Uruguai, das Velhas, Itapecuru, Pomba e São Francisco são cobertas pelos alertas, além de os moradores receberem orientações de emergência.
“Esses são só alguns exemplos do potencial da IA do Google para trazer impacto social e contribuir com o trabalho das autoridades locais na previsão de enchentes e outras tragédias naturais. E o mais importante: possibilitar às populações afetadas mais acesso a informações confiáveis para mantê-las seguras em momentos críticos”, reforçou Fábio Coelho, presidente do Google Brasil e vice-presidente da Google Inc., durante o evento Google For Brasil, realizado em junho.
Foto: Força Nacional de Segurança Pública