A falta de uma cultura de prevenção contra incêndios é a grande causa desse tipo de acidente em residências. Levantamento da Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização dos Perigos da Eletricidade), publicado pela Agência Brasil, mostra que em 2020 aconteceram 583 incêndios por sobrecarga em redes elétricas, sendo 309 em edificações domésticas, o que corresponde a mais de 50% das ocorrências.
A sobrecarga é exigir mais carga do que o circuito é capaz de suportar. Vistorias e manutenções periódicas das instalações elétricas podem reduzir esse triste número, que levou à morte 23 pessoas. Outro problema são as modificações promovidas em disjuntores e fusíveis, que têm a função de controle da carga exigida. Quando se ultrapassa a carga suportada pela rede elétrica eles desligam. Mas se isso é modificado e o dispositivo é alterado, ele não atua. Assim, o aumento da carga acarreta aquecimento dos fios, podendo provocar o início das chamas que se propagam causando incêndios de grandes proporções.
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O melhor caminho é que, tanto para residências quanto para empresas de qualquer porte, contratem profissional habilitado e atualizado para fazer a verificação completa das instalações elétricas, que devem estar adequadas às exigências da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Tais normas vão definir exatamente os dispositivos necessários para uma proteção adequada. A partir daí, a cada cinco anos, para residências, e a cada três anos, para empresas de pequeno porte, deve ser feita uma revisão.