Bombeiros do Ceará lançam aplicativo para agilizar vistorias técnicas
Um sistema promete agilizar e intensificar as visitas de vistorias realizadas pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBM) nos imóveis, a princípio, de Fortaleza. Aplicativo para Vistorias Técnicas e Recertificação da Coordenadoria de Atividades Técnicas, batizado de Cat, foi desenvolvido de modo a acelerar a consulta de dados e evitar que os proprietários de imóveis precisem ir até à sede do CBM buscar o formulário e deixar documentos. Atualmente, uma média de três mil inspeções são realizadas por mês. O objetivo é que esse número quadruplique, chegando a 12 mil.
A ideia é reduzir o tempo de prazo para emissão de certificados, que hoje é, no máximo, de 30 dias úteis. Com o aplicativo será possível emitir o laudo logo após a visita. Disponível somente para os militares com uso de QR Code, o app terá dados dos usuários a partir dos dados cadastrados no site da Coordenadoria de Atividades Técnicas, CMB. O proprietários poderão agendar as visitas e passar os documentos. Além do Ceará, somente em outros dois estados, São Paulo e Minas Gerais, o CBM trabalha com aplicativos. A forma atual, em que o dono do imóvel se desloca até a sede do Corpo de Bombeiros, continua válida.
As vistorias começam com dez tablets. Outros 60 computadores serão adquiridos pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) para serem direcionados ao Interior. O titular do órgão, André Costa, aponta o uso de QR Code como facilitador para comprovar os dados e emitir os certificados. O investimento feito pela SSPDS, frisa o secretário, tem colocado o Ceará como modelo de desenvolvimento de tecnologia em segurança. “O trabalho dos bombeiros é otimizado. O agente já sai com o laudo pronto para fazer a verificação, sem a necessidade de papel”, diz.
Uma equipe de 40 alunos dos cursos de engenharia civil e de ciências da computação da Universidade Federal do Ceará (UFC), da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e da Universidade de Fortaleza (Unifor) faz estágio junto ao Corpo de Bombeiros. O objetivo é que eles ampliem o uso o sistema Cat para aumentar as funcionalidades do aplicativo. O investimento total com as universidades pela SSPDS é de R$ 8,5 milhões pelos próximos dois anos, com 130 pesquisadores atuando na Polícia Civil e Militar, Corpo de Bombeiros e Perícia Forense.