Investigações sobre as causas do incêndio no Porto de Santos

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Foram necessárias quatro horas para que os bombeiros e brigadistas do Porto de Santos controlassem o incêndio que atingiu uma torre e esteiras do terminal Rumo Logística, localizado na Margem Direita. Ninguém ficou ferido e as operações no complexo não foram comprometidas. A perícia na área, que também é monitorada por órgãos ambientais, começou no dia 15 de julho.

Testemunhas e funcionários da empresa disseram à Polícia Civil que, por volta das quatro horas, notaram uma densa fumaça saindo da torre central e acionaram os protocolos de emergência. Ao chegarem, meia hora depois, as equipe do Corpo de Bombeiros encontraram a estrutura que interliga os armazéns externos XX ao XXIII tomada pelo fogo.

O local atingido, de acordo com a corporação, tem 900 metros quadrados e está afastado do costado, mas fica próximo à linha férrea às margens da Avenida Perimetral. O tráfego na via não precisou ser bloqueado. As chamas destruíram esteiras de transporte para rota de embarque, mas não atingiram os armazéns.

Por meio do PAM (Plano de Auxílio Mútuo), participaram do combate 17 bombeiros, com oito viaturas de Santos e Cubatão. Pelo cais santista, 88 brigadistas da própria empresa e de terminais da Margem Direita, além das equipes da Gport (Guarda Portuária) também atuaram na instalação.

Os bombeiros estimam que entre 1,5 milhão e dois milhões de litros de água foram utilizados para apagar o incêndio, quantidade suficiente para encher mais de 720 piscinas olímpicas. Passava das oito horas quando o fogo foi extinto. Até o meio-dia, as equipes fizeram rescaldo e, durante a tarde e a noite, permanecem no local para evitar um possível recomeço do incêndio.

A Rumo afirmou que a carga armazenada não foi atingida e as operações de embarque, que ficaram suspensas durante toda a manhã, foram retomadas normalmente no início da tarde. A empresa não soube informar como as chamas começaram e disse que somente o trabalho da perícia poderá determinar como e onde ocorreu de fato o início do fogo.

Apuração de danos
O caso foi registrado na Delegacia da Polícia Civil do Porto de Santos, por onde será investigado. O IC (Instituto de Criminalística) foi acionado, mas até a noite do dia 14 de julho não tinha iniciado os trabalhos no local. A previsão é que peritos visitem a área ainda hoje. O tempo necessário de apuração ainda não foi estimado.

A Defesa Civil de Santos atestou a segurança dos armazéns após o controle do sinistro. Os técnicos, entretanto, disseram que houve o comprometimento das estruturas de transporte de carga atingidas pelas chamas. O local permanecerá isolado até que seja feito o trabalho de investigação.

Os técnicos da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) também estiveram no cais para verificar eventual poluição, uma vez que a água de combate às chamas é escoada pela rede de drenagem ao mar. Na primeira avaliação, eles não registraram comprometimento do Estuário, mas a região será monitorada nos próximos dias.

Fonte: A Tribuna

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