Que a Inteligência Artificial (IA) está presente em praticamente todas as atividades isso não há dúvidas; e no monitoramento, mitigação e prevenção de incêndios, não poderia ser diferente. Um exemplo é da climatech umgrauemeio (1,5°C), que usa a IA e a Internet das Coisas (IoT) para essa função, com o foco em combater as queimadas florestais para reduzir as emissões de carbono e preservar o patrimônio natural e privado.
O segredo está na implantação de câmeras de alta resolução instaladas em torres, que se utilizam de um algoritmo e pela IA detectam imediatamente aos primeiros sinais de fumaça, chegando a um raio 20 quilômetros, ou 120 mil hectares. Painéis solares e conexão via rádio, que dispensa internet em áreas remotas, a infraestrutura torna-se autossuficiente, informa a umgrauemeio.
Uso da Inteligência Artificial
Um de seus clientes é a companhia de alimentos JBS, que em 2022 custeou o projeto “Abrace o Pantanal”. A umgrauemeio monitora 2,5 milhões de hectares de áreas nativas da região e segundo a climatech, houve uma redução de 60% na perda de mata nativa na área do projeto em relação a 2020, quando a região foi palco de incêndios severos.
Apenas na fase 1 do projeto, com duração de três anos,o investimento foi de R$ 26 milhões, sendo R$ 8 milhões para financiar a instalação das torres. “Ações como essa beneficiam toda a cadeia de valor da pecuária, já que os incêndios devastam o ecossistema, prejudicam seriamente as propriedades rurais e lançam à atmosfera gases poluidores que provocam o aquecimento global”, frisou, à época Liège Correia, diretora de sustentabilidade da Friboi, uma das marcas da JBS, à EXAME.
Foto: JBS/Divulgação
