Plataforma detecta 1º incêndio na Serra do Amolar e mostra eficiência da tecnologia

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Um incêndio foi registrado por volta das 14h, do dia 2 de agosto, na região do Palmital, na Serra do Amolar, em Corumbá, a 428 quilômetros de Campo Grande. A área é considerada mais isolada no bioma do Pantanal. Este foco foi o primeiro detectado pela Pantera (Plataforma Integrada para Gestão de Incêndios Florestais), que atua em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

As autoridades foram acionadas para conter e o fogo regrediu durante a noite. Ainda que o monitoramento tenha colhido seu primeiro fruto agora, as ocorrências têm sido frequentes desde junho.

O presidente do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), Ângelo Rabelo, explica que o sistema de alertas implantado cobre cerca de 1 milhão de hectares do entorno. “Esse foco foi detectado na região conhecida como Palmital, no paredão da Serra do Amolar. Nós acionamos o Ibama Prevfogo e também o Corpo de Bombeiros. Foi a primeira detecção do sistema de alerta e mostrou, claramente, a eficiência desse processo”, explica.

Segundo ele, satélites levariam cerca de três dias para detectar o fogo, mas a tecnologia permite a verificação, em um curto espaço de tempo. “Tenho certeza que fará a diferença nesse trabalho de prevenção e combate ao fogo nessa temporada.”

 

Sistema de prevenção

 

A Pantera foi desenvolvida pela empresa umgrauemeio e “traduz os fundamentos do enfrentamento aos incêndios florestais em soluções de tecnologia”.

O módulo de prevenção oferece alerta diário dos pontos suscetíveis à incêndios e presta apoio às brigadas. O módulo detecção usa inteligência artificial e visão computacional, através de câmeras de alta resolução instaladas no topo das torres de comunicação, e detectam o foco de maneira instantânea em até três minutos.

Segundo o cofundador e diretor de Inovabilidade na empresa, Osmar Bambini, após a detecção, a brigada mais próxima é acionada e toda operação passa a ser monitorada. As informações geradas pelo sistema são enviadas para as três regiões contempladas, do Sesc Pantanal, IHP e Brigada Aliança.

A importância dessa tecnologia é detectar de maneira instantânea o foco e facilitar a gestão ampliando a segurança e eficiência das brigadas envolvidas. Além do mais, trazemos as análise de impacto de emissões de CO2 evitadas, por incêndios evitados e podemos mapear também os impactos do fogo na biodiversidade, na saúde humana, na economia e impacto na água”, explica Bambini.

O projeto total nas três regiões possui 11 torres e cobre 2,5 milhões de hectares, começando pelo território da Serra do Amolar, região central do Pantanal sob governança do IHP, que teve mais de 90% de sua rede de proteção afetada pelos mega incêndios de 2020.

O combate aos incêndios acontece também na área monitorada pela Brigada Aliança, de 150 propriedades nas regiões sul e norte do Pantanal e zona de transição, sobretudo em Miranda. Por fim, o sistema do Sesc Pantanal monitora aproximadamente 750 mil hectares. A meta é cobrir áreas críticas e alcançar todo o “arco do fogo”.

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