Uso correto do hidrante é crucial no combate a incêndios
O hidrante é crucial quando pensamos na mitigação, combate e rescaldo de um incêndio e saber quais modelos, como utilizar e manter a manutenção em dia desse equipamento é igualmente importante.
O primeiro e mais conhecido é o de coluna, também chamado de hidrante de solo ou urbano, que somente pode ser usado pelos bombeiros, já que conta com uma chave pertencente a esses profissionais. Em geral, é instalado na rede de água pública e em áreas estratégicas para facilitar o acesso.
Tipos de hidrante
O industrial é um item o obrigatório em empresas com área construída igual ou maior que 750m² e devem contar com um reservatório apropriado de água para esse fim. Já o de parede é comum ser visto em ambientes internos e fica disponível e visível para os brigadistas e bombeiros acessarem rapidamente. São guardados em caixas apropriadas com os acessórios como esguicho, mangueira e sua respectiva chave.
Por fim, o hidrante de recalque é instalado em edifícios e condomínios e sua função é alimentar o sistema de hidrantes da edificação, sendo também essencial “para recalcar água ao incêndio pela viatura do Corpo de Bombeiros”, informa o site Bombeiros.
Ressalta-se a observância das normas e instruções técnicas exigidas, que podem variar conforme uso, tipo, local, dimensionamento, instalação, manutenção, aceitação e manuseio, bem como as características, dos componentes de sistemas de hidrantes e ou de mangotinhos, equipamentos cuja a diferença está em serem constituídos de esguicho regulável, além de válvula, mangueira e carretel (ABNT NBR 113714:2020).
Manutenção
Uma das grandes dificuldades dos bombeiros nas ocorrências engloba a danificação, falta de manutenção, obstrução e registros fechados desses hidrantes nas ruas, observa o tenente Fausto Gusmão Althaus, do Corpo de Bombeiros Militar de Lajeado, RS, à Rádio A Hora. “Temos um certo problema no município, já que algumas pessoas fazem uma calçada e fecham a metade do hidrante. Ou, o que é comum, obstruem o registro da água”, lamenta.
Além desse empecilho, o fluxo e volume de água precisam ser adequados, acrescenta o militar: “Na frente do quartel, temos um hidrante que carrega o nosso caminhão em quatro minutos. Na cidade, há lugares em que a demora chega a 15 minutos. Essa diferença de tempo é fatal em um incêndio”, alerta.
Treinamento
Capacitar a população para o uso correto e educar para que não danifique os hidrantes e que somente podem ser utilizados por profissionais capacitados são tarefas que os Corpos de Bombeiros pelos país se empenham em realizar.
Os condomínios residenciais e comerciais devem também estar atentos para a implementação de ferramentas para essas situações. O conselho é que mensalmente as bombas dos hidrantes sejam acionadas, para que se evite o travamento por falta de uso, acender as luzes de emergência observar se as baterias estão funcionando. A primeira-tenente Sabrina da Silva, do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná, explica ao jornal Gazeta do Povo, explica que os condomínios precisam ser avaliados para aplicar os equipamentos mínimos necessários. “Isso pode variar de acordo com diversos fatores, como a área e idade da construção, mas os itens básicos obrigatórios contemplam extintores, brigada de incêndio, iluminação e sinalização de emergência, como placas fotoluminescentes”, destaca a reportagem.
Um bom exemplo vem da cidade de Maringá: recentemente, o 5º Grupamento do Corpo de Bombeiros foi acionado para combater um incêndio em apartamento e foram encaminhados dois caminhões de combate a incêndio e resgate, uma ambulância e o oficial de área.Graças a participação dos moradores do condomínio, que fizeram uso do sistema de hidrante da edificação, as chamas já estavam extinguidas, não espalharam a outros imóveis ou houve maiores prejuízos.
Isso demonstra que seguir os Código de Prevenção contra incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros Militar estadual e ser capacitado são itens primordiais para evitar transtornos.
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