Tripulações de navios são preparadas para salvamento e combate a incêndios

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Equipamentos de prevenção e de socorro também são distribuídos por toda a embarcação para garantir a vida dos ocupantes

Um principio de incêndio em um navio pode transformar-se em um desastre de grandes proporções, principalmente se ocorrer em alto mar. Por isso, o treinamento de toda a tripulação é fundamental. Segundo especialistas, uma das mais importantes e difíceis tarefas é o combate às chamas, devido as particularidades da maioria das embarcações, que possuem diversos compartimentos de vários tamanhos, inclusive com espaços confinados.

Para minimizar os riscos à embarcação e seus ocupantes, todos os tripulantes dos navios fazem cursos que habilitam a atender quaisquer eventualidades, tanto para ações de socorro (salvamento), como para combate a incêndio, segundo o Comando de Operações Navais da Marinha. Assim, as equipes de Salvamento e Combate a Incêndios são formadas pelas tripulações dos navios, de acordo com a necessidade da operação.

Esses profissionais também atuam na prevenção para garantir que sejam seguidas e aplicas especificações rígidas quanto a avaliação de riscos potenciais para cada tipo de embarcação e suas finalidades de uso. Além disso, cada embarcação possui uma planta técnica que detalha o que cada compartimento do navio terá como sistema de detecção de incêndio, os acessórios de extinção automática e os acessórios e equipamentos manuais de combate às chamas. E todos os equipamentos de detecção eletrônica são ligados a mais de uma central de detecção e alarme. Também são instaladas câmeras de vigilância monitoradas 24 horas pelas equipes de serviço.

Equipes e equipamentos

Em nota enviada ao portal, o Comando de Operações Navais da Marinha afirma que “há uma equipe específica, tanto para combate a incêndio, quanto para ações de socorro, cuja composição mínima varia com o porte do navio. O socorro poderá envolver todo o pessoal de bordo. Já o combate a incêndio demanda uma quantidade específica de militares, que varia com as peculiaridades do navio”.

Desta forma, diz a nota, para as ações de socorro, “cada Comando de Distrito Naval (Comandos Navais Regionais), assim como a Esquadra, dispõe de navios e aeronaves permanentemente de prontidão para serem acionados, em curto período de tempo, a fim de prestarem ações de socorro no mar e em águas interiores (rios, lagos etc.)”.

Além do curso de formação, as tripulações dos navios passam por treinamentos periódicos a bordo dos navios, além de realizarem exercícios em simuladores instalados no Centro de Adestramento Almirante Marques de Leão (CAAML), no Rio de Janeiro (RJ), com aulas teóricas em salas de aula e treinamentos nos diversos simuladores do Centro, além de atividades práticas e visitas em navios e embarcações da Marinha, localizados no Rio de Janeiro ou em outros Distritos Navais.

Os equipamentos utilizados por esses profissionais, de acordo com o Comando de Operações Navais da Marinha, dependem do tipo de missão que será executada. “Em todos os casos é primordial que todos os integrantes das equipes utilizem equipamentos de proteção individual”. “Em caso de combate a incêndio, diz a nota do comando, são utilizados a roupa completa de aproximação para incêndio, aparelho de respiração autônoma, capacetes de proteção, câmera de imagem térmica, esguicho variável para emprego de água e espuma, extintores portáteis e fixos, entre outros. Já em situação de salvamento, os equipamentos utilizados são aqueles destinados à flutuabilidade e mobilidade do navio (bomba de esgoto, compressores de ar). A atuação é feita com base na doutrina. Contudo, o tamanho das turmas e os recursos disponíveis dependem do tipo e tamanho das embarcações”.

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