Tecnologias e treinamento garantem a eficiência dos bombeiros
Sempre falamos em Incêndio sobre os treinamentos dos bombeiros e do uso de simuladores e sobre as demais tecnologias que são essenciais para, em uma situação real, o resultado seja de excelência.
De acordo com a revista Forbes, do mesmo modo que ferramentas como a Inteligência Artificial (IA) estão presentes no cotidiano das pessoas, também são aliadas no combate a incêndios, previsibilidade de desastres e auxílio nos resgates, bem como em toda a logística empregada nas atividades das corporações.
Tecnologias variadas
Drones, Internet das Coisas (IoT), robôs e realidade virtual e aumentada estão na lista de incrementos: “Simuladores de incêndio permitem que os bombeiros vivenciem situações reais em um ambiente seguro, aprendendo a tomar decisões rápidas e eficazes. A realidade aumentada pode ser utilizada para fornecer informações em tempo real sobre o ambiente, como a localização de vítimas e a temperatura das chamas”, destaca a reportagem.
No Paraná, o Corpo de Bombeiros Militar (CBMPR) recebeu sonares para casos de afogamentos, sensores térmicos, drones, lanchas, dez veículos utilitários, além de 200 botas de resgate multimissão e roupas especiais para águas geladas ou contaminadas. “O estado se tornou o terceiro do Brasil a contar com sonares, que podem ser usados em rios, lagos e represas. Isso trará mais assertividade nas operações de busca”, comenta o major Ícaro Gabriel Greinert, comandante do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST), à rede AERP.
Outro bom exemplo é a IA para detecção de focos de calor. Em Seul, Coreia do Sul, o professor JaeSeung Lee, da Universidade Hongik, e seus alunos usaram algoritmos de IA e aprendizado de máquina para desenvolver um novo modelo de detecção, executado em diferentes módulos de aprendizado de máquina até conseguirem prever incêndios com uma taxa de precisão de 90%.
“A análise também verificou os locais de grupamentos de bombeiros e as áreas que não estavam adequadamente cobertas. Como Seul já é uma cidade muito desenvolvida, não dá para simplesmente construir um novo posto de bombeiros. Em vez disso, as autoridades enviaram mais equipes a postos nas proximidades de áreas carentes”, aponta nota da Microsoft, desenvolvedora da AzureMachine Learning Studio, plataforma dedicada à aprendizagem de máquinas e disponibilizada à Universidade.
Simulação e treinamento
Como visto, os simuladores são cruciais para o treinamento das corporações. Recentemente, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO) inaugurou tal item para fase tática. Segundo a companhia, o simulador foi desenvolvido para casos de incêndios em espaços confinados e 20 instrutores já foram capacitados para replicar conhecimentos entre os demais membros da corporação.
“Essa formação tem como objetivo garantir que os bombeiros estejam cada vez mais preparados para salvar vidas e proteger patrimônios com a máxima eficiência. Essa implementação representa um avanço no compromisso do CBMGO com a segurança da população e a constante evolução de suas equipes de resgate”, frisa nota.
Já em Alagoas, o batalhão de incêndio do Corpo de Bombeiros Militar (CBMAL) foi palco de uma simulação com fogo em container, que atinge temperaturas extremas de 650°C, sendo realizada com seis bombeiros militares por vez.
Coronel Sérgio Verçosa comandante-geral do CBMAL, comenta a importância dessas atualizações, especialmente no que se refere ao fator humano e as intempéries do local, como calor, fumaça, a ansiedade e medo. “Por isso, precisamos ter equipamento, treinamento, tática, mas também precisamos ter um psicológico muito bom, porque a nossa profissão é de risco”, salienta.
Além de todos esses incrementos, se faz necessário também centros de treinamento capazes de suprir a demanda. No Distrito Federal, por exemplo, a corporação conta com um espaço para dedicar-se ao Programa de Treinamento de Combate a Incêndio Urbano em Edificações (PTCIU), realizado ao menos uma vez por mês pelas guarnições.
“O CBMDF possui a estrutura da Cidade do Fogo no Centro de Treinamento Operacional para incentivar e permitir que os militares da atividade aprimorem as habilidades de atuação por meio dos Simuladores de Desenvolvimento do Incêndio”, conclui nota.
Foto: CBMGO