Como evacuar, com seguranças, estudantes, professores e funcionários de uma escola em chamas? Embora seja um incidente de baixa ocorrência, é preciso estar preparado para saber como agir nesta ou em outras situações de emergências. Por isso, o Governo do Paraná instituiu o Programa Brigadas Escolares – Defesa Civil nas Escolas, que oferece treinamento e condições para o enfrentamento de situações emergenciais no interior dos edifícios escolares.
O “Brigadas Escolares” visa propagar e conscientizar as instituições estaduais de ensino sobre a cultura da prevenção do incêndio e capacitar alunos e funcionários para agir em situações de risco, através de treinamentos e simulados. Atualmente cerca de 2,2 mil unidades de ensino paranaense já estão certificadas ou em processo de certificação no Programa, ou seja, 92% dos colégios estão adequados aos requisitos mínimos das normas de prevenção contra incêndios e capacitados a enfrentar situações de emergência e desastres.
“O programa é fundamental para criar a cultura de prevenção junto à comunidade escolar, assim como gestões para adequação dos prédios escolares às normas de prevenção contra incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros. Isso reduz os danos à infraestrutura, mas, sobretudo, preserva vidas”, destaca Marcelo Pimentel Bueno, diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar).
Uma das escolas participantes é a Escola Estadual de Educação Especial Lucy Requião de Mello e Silva, que atende 120 alunos em Curitiba. O local é um exemplo da funcionalidade da iniciativa, já que a capacitação orientou os estudantes e os funcionários a saberem como proceder, de forma rápida e disciplinada, em uma situação crítica.
“Os exercícios e simulados, coordenados pelos brigadistas da instituição, instruem e fomentam o interesse de nossos alunos especiais sobre os cuidados na prevenção de incêndios, além de explicar o significado das sinalizações e o plano de abandono emergencial”, conta Edmara Zanocini, diretora da escola.
Para obter o certificado, a instituição de ensino precisa instalar e sinalizar as luzes de emergência, possuir o número adequado de extintores de incêndio e realizar simulações de abandono do prédio escolar uma vez por semestre. Também deve manter um grupo ativo de pelo menos de cinco brigadistas treinados para agir em situações de emergência.
“O Programa foi criado pensando, principalmente, na segurança dos alunos e funcionários das nossas instituições de ensino e com o objetivo de disseminar a cultura de prevenção para toda a comunidade escolar. Essa iniciativa modelo já foi apresentada no Seminário de Boas Práticas promovido pelo governo federal”, explica o coronel Fernando Raimundo Schunig, coordenador Estadual da Defesa Civil..