Prevenção de pequenos incêndios é importante para evitar grandes desastres
A UTI neonatal do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), SP, passou por reforma após um incidente, que não deixou feridos: um vazamento em uma régua de oxigênio causou um pequeno incêndio, “que durou cerca de cinco segundos”, e foi extinto pelos brigadistas do estabelecimento, informou a assessoria de comunicação do estabelecimento.
Este é apenas um exemplo de como um foco pode causar desde intercorrências simples até questões mais complexas causando desastres de grandes proporções, caso não sejam controlados a tempo. Verificar as estruturas de um estabelecimento, inspecionar extintores e sistemas de combate a focos de fogo e ainda a capacitação estão no rol de medidas que precisam ser tomadas para evitar tais situações, recomendam os especialistas.
A manutenção é primordial, o que inclui evitar as famosas “gambiarras” nas instalações elétricas. Mariana Cordeiro, supervisora de operações da concessionária NeoEnergia, salienta que a busca por um profissional para a execução dessa supervisão é ideal: “Dizemos que com energia não se brinca e é importante que essa manutenção seja feita por uma pessoa especializada. A sobrecarga de energia é uma das causadoras de curtos-circuitos e observar a voltagem dos equipamentos é essencial para evitar tais problemas”, explica.
Todo incêndio começa pequeno
Já Pedro Adrião, eletrotécnico, em matéria para um portal do RJ, comenta que se a causa não for uma explosão, todo incêndio começa pequeno, rapidamente, com diferentes graduações. Contudo, seu princípio é a fase de mais fácil mitigação: “Mais de 50% dos incêndios no Brasil são provocados por curto-circuito, falha na rede elétrica. O superaquecimento derrete os fios e, por isso, é importante ver se a tomada e voltagens estão adequadas, para que não gere uma sobrecarga”, frisa.
Em casos de incêndios em vegetações, tudo pode começar com uma simples fagulha, bituca de cigarro, ou mesmo um raio que atinge o solo. É importante que o cidadão comum não se arrisque a combater o fogo sem um treinamento prévio, o que inclui até o uso de vestimentas de proteção, como calças e blusas compridas e proteção que cubra o rosto (camisa ou balaclava). “Ferramentas como abafadores, sopradores e tanques de água também ajudam. Mas essas ações são apenas para se evitar o pior;os bombeiros devem ser chamados sempre”, arremata Davi Maciel, do Grupamento de Prevenção Ambiental dos Bombeiros de Brasília.
Investimento em soluções
No âmbito de estados e municípios, ações de prevenção estão sendo feitos. Um exemplo é de Campinas, SP, que recentemente doou ao Corpo de Bombeiros local um conjunto para combate a incêndio em vegetação, estimado em R$ 17 mil e foi adquirido com recurso do Fundo de Recuperação, Manutenção e Preservação do Meio Ambiente, gerido pela Secretaria Municipal do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
“É um investimento que fazemos nos trabalhos de prevenção de danos ao meio ambiente, uma vez que o equipamento impede que pequenos incêndios tomem grandes proporções”, disse Rogério Menezes (à direita, na foto), secretário da pasta.
Os bombeiros atendem 79 ocorrências de incêndio em vegetação por mês no município.
Foto: divulgação Ascom/Campinas-SP