Pesquisadores apontam crise climática e ação humana como agravantes para incêndios florestais no planeta

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Os incêndios florestais que assolaram o ano de 2023 e ainda assolam o planeta no momento estão cada vez mais crônicos. O que antes era um fenômeno natural tornou-se um grande problema de emergência climática, apontam os especialistas. Estimativas de um levantamento da World Weather Attribution, liderado pelo Imperial College London, mostram que a crise causada pelas mudanças climáticas, que tornaram o mundo mais quente e seco, estão por trás das agravantes perdas florestais.

Uma das bases da pesquisa foram os recentes casos no Canadá e os estudiosos perceberam que as alterações antropocêntricas no clima fizeram com que esses eventos ficassem de 20% a 50% mais intensos em Quebec. “A palavra ‘sem precedentes’ não faz justiça à gravidade dos incêndios florestais no Canadá “, afirma Yan Boulanger, cientista pesquisador da Natural Resources Canada e um dos autores do estudo. “Do ponto de vista científico, a duplicação do recorde anterior de áreas queimadas é chocante”, explica, ao Correio Braziliense.

 

Sensibilização para a crise climática

 

O agravamento das mudanças no clima também se deve à ação humana, aponta o estudo. Para os pesquisadores é primordial a sensibilização da população global sobre a crise climática, em especial quanto aos riscos à saúde. “Em todo o mundo, o aumento das temperaturas está criando condições semelhantes às dos incêndios florestais canadenses”, afirma Fredi Otto, cofundador da World Weather Attribution. “Até que paremos de queimar combustíveis fósseis, o número de incêndios florestais continuará a aumentar, queimando áreas maiores por longos períodos”, alerta.

 

Em São Paulo

 

Colocando a lente nos casos brasileiros, em São Paulo, por exemplo, mais de 90% dos incêndios florestais no estado são ocasionados por ações humanas. Queda de balões, uso irregular do fogo em atividades agropecuárias, bitucas de cigarro e vandalismo estão entre as ocorrências. “A queima em 2022 foi em mais de 7 mil hectares de vegetação, uma redução de 79% em comparação a 2021, quando mais de 15 mil hectares de áreas protegidas foram atingidos. Desses números, 738 hectares em Unidades de Conservação (UCs) foram atingidos por incêndios e outros 6.422 hectares foram afetados nas zonas de amortecimento”, aponta nota da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil).

 

Foto: Divulgação Semil

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