Indígenas do MA e TO criam Brigadas de Incêndio
O ano de 2022 foi marcado pelo recorde assustador de queimadas na Amazônia legal, chegando a 120 mil focos. Mesmo com esse cenário, brigadistas indígenas tem se articulado para combater o fogo em seus territórios.
Um exemplo vem das Terras indígenas Caru, Maranhão, e na Ilha do Bananal, Tocantins. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) faz a seleção e capacitação da Brigada, sendo a do Caru em atividade desde 2018 e composta por 15 brigadistas indígenas e não indígenas. Os conhecimentos são compartilhados pelos povos Guajajara, Awá e Awá-Guajá, no município de Bom Jardim. Já a brigada da Ilha do Bananal foi criada em 2013.
Em reportagem do Ecoa UOL, Rosilene Guajajara de Souza, liderança da Terra Indígena Caru e vice-presidente da Associação Comunitária Irazu, da Aldeia Maçaranduba, de 2015 a 2017, na localidade aconteceram queimadas causadas por caçadores e madeireiros, a maioria de forma criminosa.
Números que mobilizam
O Inpe registrou, em agosto de 2022, que a Amazônia teve um recorde histórico de queimadas com 33.116 focos. Já o Tocantins ocupou a segunda posição no ranking nacional de desmatamento nos primeiros oito meses de 2022, com relação aos focos de queimadas, ficando atrás do Mato Grosso.
Entre as 13 terras indígenas mais desmatadas na Amazônia Legal, três estão no Maranhão, sendo Awá (6º lugar), Bacurizinho (12º) e Alto Turiaçu (13º).
Foto: Pedro Paulo Xerente/Ecoa UOL