Incêndios estruturais: como treinar bombeiros voluntários?

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Sabemos da importância do treinamento para quaisquer situações em que o fogo pode causar em prédios, florestas, e outras estruturas. Se para o profissional bombeiro é desafiador, não é diferente para quem se voluntaria, em especial no combate a incêndios nas mais diversas estruturas.

Para se ter ideia, o Instituto Sprinkler Brasil contabilizou 17 ocorrências de incêndios em hospitais nos cinco primeiros meses de 2022, contra 13 com relação ao mesmo período de 2021, ou seja, um aumento de 31% no Brasil. Os dados contabilizados foram os de edificações, excluindo residências. “Os hospitais estão muito vulneráveis a ocorrências como esta. É um tipo de situação traumática porque exige mobilização de toda equipe, remoção de todos os pacientes e gera um verdadeiro clima de pânico e instabilidade, além de indisponibilizar um serviço fundamental para a população. Esse aumento substancial nos mostra que há algo de errado e que muita coisa precisa ser feita para que tragédias como estas sejam evitadas”, explicou Marcelo Lima, diretor-geral do ISB ao jornal O Dia. “Por meio da disseminação do conhecimento, conseguiremos buscar mais e melhores respostas aos desafios que temos encontrado permanentemente em segurança contra incêndio”, acrescentou.

 

Incêndios estruturais

 

Outra estrutura que merece atenção redobrada é a indústria química, cujas falhas para tais incêndios podem ocorrer por falhas humanas, qualidade de equipamento, falta de manutenção, erros de projetos e de instalação, falta de treinamento de mão de obra. Se a empresa dispor de um plano executivo de prevenção e detecção e alarme de incêndio completo e atuante, as chances de detectar os focos iniciais e controlá-los são maiores, evitando danos à vida e ao patrimônio. É o que explica Ignácio De La Rosa, diretor de Negócios de Incêndio e Segurança da Carrier Fire& Security para América Latina. “Em alguns casos, os processos projetados já estão obsoletos, necessitam de uma modernização e de uma manutenção preventiva ativa. Um dos problemas mais recorrentes se refere à qualidade da instalação e dos equipamentos, que muitas vezes estão subdimensionados”, comenta.

A continuidade dos processos é essencial, para que a empresa possa oferecer segurança aos seus colaboradores e seu negócio esteja seguro. “Se a empresa possui um plano de mitigação de riscos, uma equipe treinada, manutenção preventiva ativa, estoque de peças, as chances de acontecer um incidente podem ser menores. Ou seja, evita a interrupção abrupta do funcionamento do sistema e mitigar prejuízos”, aponta.

 

Exemplos

 

Conhecimento e informação são armas muito importantes que auxiliam todos os atores a lidar com situações de incêndios estruturais e comportamento extremo do fogo. Os Bombeiros Voluntários de Concórdia, SC, oferecem cursos neste quesito, em dois níveis, com teoria e práticas aplicadas: “ Disponibilizamos esses cursos porque a complexidade dos incêndios estruturais e seus fenômenos têm aumentado nos últimos anos. Alguns fatores contribuíram fortemente para isso, como exemplo a melhora do tempo resposta, expondo os bombeiros aos momentos iniciais destes fenômenos, o que ocorria com menos intensidade no passado”, informa o órgão.

Um caso é de integrantes do Corpo de Bombeiros Voluntários de Tapejarae São José do Ouro, ambos do Rio Grande do Sul, participaram em março de um treinamento no Campus da UCS em São Sebastião do Caí, com o intuito de adquirir novos conhecimentos, disseminar entre os demais Bombeiros para sempre prestar serviço de excelência à comunidade atendida.

 

Foto: Bombeiros voluntários de Tapejara participam de treinamento em São Sebastião do Caí, RS – divulgação

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