ICMBio: Corte de recursos pode desativar brigadas de incêndio florestal na Amazônia
Apesar dos anúncios feitos pelo governo federal na Cúpula de Líderes Sobre o Clima, em abril, ainda está em ação o plano para cortar em 30% o orçamento do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). Essa nova redução pode afetar serviços de voo para combate a incêndios florestais e causar a desativação de brigadas que atuam em terra para controlar o fogo.
As informações são do jornal Amazonas Atual, e foram publicadas três dias antes (19/4) do pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro na cúpula internacional. Se o corte dos repasses se concretizar, ambientalistas acreditam que o desmatamento pode se agravar, comprometendo a meta de reduzir em 15% a devastação da floresta tropical até 2022.
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“Sem esses recursos para movimentar os brigadistas, mantê-los atuando em campo, a tendência é que esses incêndios nas florestas se transformem em verdadeiros desastres”. Essa é a opinião de Marcos Pinheiro, consultor da Fundação Vitória Amazônia para a área de combate a incêndios.
Para manter voos e as brigadas populares, o ICMBio calcula que é necessário aporte de R$ 60 milhões. O órgão ambiental é responsável pela gestão de 334 unidades de conservação federais que compreendem 10% do território nacional.