Formação de bombeiros como condutores de veículos de emergência é fundamental para as rotinas operacionais
Incêndios estruturais e florestais, resgates de vítimas, treinamento com cães, capacitação física e mental, uso de equipamentos. Essas são apenas uma amostra do preparo que os bombeiros necessitam para realizar suas rotinas operacionais e também outro quesito é preciso ser realizado para que as ocorrências sejam exitosas: a direção de veículos de emergência, como viaturas, ambulâncias, caminhões e Auto Bombas Tanques Resgate (ABTR), que exigem condutores preparados.
Os futuros condutores são treinados para dirigir esses veículos, essenciais para o trabalho do Corpo de Bombeiros, garantindo que estejam preparados para atuar com eficiência e segurança em situações emergenciais, preservando não apenas as pessoas a serem atendidas, mas todos do entorno das ocorrências. “Quando o cenário é em ruas apertadas e cheias de carros, em meio ao trânsito, correndo contra o tempo para salvar vidas, além de habilidade acima da média, é necessário muito treinamento para manter a tranquilidade e a certeza de que seu trabalho vai ser executado com perfeição”, explica Boris Feldman, especialista automotivo, à Agência Minas.
Basicamente, os bombeiros militares participam de um curso preparatório de condução em um Centro de Formação de Condutores (CFC) da Academia de Bombeiros Militar (ABM), para obtenção, habilitação e credenciamento na categoria,dependendo do veículo a ser utilizado, que varia de leves a pesados, que podem chegar a 30 toneladas. “Dirigir essas viaturas de muitas toneladas e muitos metros de comprimento e largura exige muita perícia em condições normais, mesmo em grandes espaços”, arremata Feldman.
Preparação de condutores
Em Minas Gerais, o Corpo de Bombeiros (CBMMG) conta com um centro de formação que encaminha os participantes às aulas teóricas e práticas e examinadores aplicam os exames de direção veicular. “Cabe ressaltar que os militares que se habilitam no CFC da ABM são automaticamente credenciados para a condução das viaturas correspondentes”, informa nota.
Já no Rio de Janeiro, os soldados são submetidos a tal capacitação no Curso de Formação de Soldados para qualificação em Condutor e Operador de Viaturas, em seu Centro de Treinamento e Reciclagem de Motoristas (CTRM). “É uma etapa fundamental, assegurando que os alunos tenham as habilidades necessárias para operar os veículos utilizados na corporação.Durante o curso, aprendem princípios básicos de condução de veículos de emergência, com ênfase em segurança no trânsito e regras de tráfego. A formação incluiainda direção defensiva, manutenção veicular e procedimentos específicos”, destaca notícia do CBMRJ.
Viaturas
Em Santa Catarina, os 16 bombeiros comunitários da cidade de Mafra participaram em junho de um treinamento operacional e comportamental de condução de veículos e também de operação de equipamentos, cuja parte teórica se deu nas dependências da 4ª Companhia de Bombeiros Militar da cidade e a prática no autódromo Plácido Gaisler, com veículos 4×4, sendo instruídos pelo 2º sargento Carlos Anderson Kujavski e Bombeiro Comunitário Flávio Valério.
“Os treinamentos possibilitam aos bombeiros comunitários novas técnicas, nivelamento de conhecimentos e o aperfeiçoamento constante do grupamento, que os mantém atualizados para o apoio e atendimento às ocorrências atendidas pelo CBMSC. Isso gera maior agilidade e qualidade nos atendimentos à população, não só nas situações de emergência, mas em todos os serviços prestados”, frisam os instrutores.
Já no Ceará, o curso de Condutor e Operador de Viatura de Incêndio é promovido pela Academia Estadual de Segurança Pública (Aesp/CE) e coordenado pelo Corpo de Bombeiros Militar do estado (CBMCE), com carga horária de 80 horas/aula e duração de aproximadamente duas semanas.
Além da operação defensiva de viaturas de combate a incêndio, os militares tomam conhecimento sobre eficiência da condução, respeito às leis de trânsito, preservação da vida e do patrimônio, e padronização de procedimentos ao utilizar técnicas manuais ou equipamentos eletrônicos presentes nas viaturas.
Foto: CBMSC