Especialistas defendem novas diretrizes normativas em segurança contra fogo em placas solares
A energia solar já representa de 16% de toda a matriz elétrica, sendo a segunda maior fonte presente no Brasil, atrás da energia hídrica somente. Em franca expansão, o uso de sistemas fotovoltaicos também trouxe inúmeros desafios, como casos de incêndios, levando os Corpos de Bombeiros a publicarem Notas Técnicas, com recomendações sobre instalação, manutenção e procedimentos preventivos em tais ocorrências.
Juliano Pereira, country manager da companhia Solar Edge Brasil, ao site Canal Solar, comenta que os sistemas em operação normal são seguros. “Porém, é importante termos uma atenção especial em relação à segurança, pois suas características podem aumentar significativamente os riscos envolvidos para o combate a incêndios em edificações, visto que não é possível fazer o desligamento das placas solares durante o dia sem a utilização de equipamentos próprios para essa finalidade”, afirma.
Diretrizes da ABNT
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) em parceria com o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e representantes do Corpo de Bombeiros e empresas do setor estão se unindo em comitês para definir e implementar uma normativa técnica para mitigar os riscos de incêndio e choque elétrico em sistemas fotovoltaicos.
“Por meio dessas normativas, teremos uma diretriz para atuação do Corpo de Bombeiros, já que a corporação usa as Normas Regulamentadoras como referência que tratam de segurança em instalações e serviços em eletricidade, mas que não abordam especificamente os fotovoltaicos”, destaca André Scabbia, coordenador da comissão de estudos ABNT sobre segurança contra incêndio para sistema de energia solar fotovoltaica, ao mesmo site.
As normas a que Scabbia se refere são a NR-10, sobre segurança em instalações e serviços em eletricidade e a NR-35, que trata de trabalho em altura; além as da ABNT, sendo a NBR 5410, sobre instalações elétricas de baixa tensão, NBR 16690, que trata justamente de sistemas fotovoltaicos, e a NBR 15270, sistemas fotovoltaicos conectados à rede de distribuição.
Foto: divulgação Energybras
