Um levantamento realizado pela Globonews com base em dados da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) e da Fundação Seade apontou que, em 2021, 85,3% do total de domicílios no estado, ou 13 milhões de lares, contam com o gás de cozinha (o de botijão) como fonte de energia para cozinhar.
Isso confere a necessidade de verificação e manutenção de itens importantes no manuseio desse equipamento, já que a probabilidade de um acidente e incêndio é alta, alertam os bombeiros. “Ao solicitar, o cliente precisa verificar se o botijão está com uma etiqueta de envasilhamento e lacre que indica a precedência. O segundo passo é colocar o registro no botijão”, explica o tenente-coronel Alex Matos, comandante do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros de Palmas, TO, ao g1.
De olho no botijão
Retirar o lacre do botijão, girar a válvula, apertando-a com o registro fechado, além de fazer testes para ver se o gás não está vazando entre o botijão e o registro são os procedimentos seguintes. “É essencial fazer o teste com a espuma. Se não estiver borbulhando, está tudo certo. Caso contrário, significa escape de gás e é preciso fazer processo de retirada do registro e colocá-lo novamente”, ressalta o tenente-coronel.
Além da instalação, é mandatório checar as condições das mangueiras e a validade do registro do gás, que em média é de cinco anos. Para evitar incêndios, vazamentos e explosões, o recomendado é que o botijão esteja em um local arejado.“Recomenda-se que sempre ao adquirir um botijão, o proprietário verifique se há algum amassado ou pontos de ferrugem, eliminando as chances de vazamentos estruturais. O registro e a mangueira de gás precisam ser trocados, em decorrência do ressecamento”, destaca nota, do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE).
A corporação do CE atendeu 1.218 ocorrências com gases nos sete primeiros meses de 2023,resultado superior no mesmo período de 2022 e 2021, quando foram registradas 1.202 e 997 casos, respectivamente, sendoos gases mais comuns o natural, carbônico, nobre, combustível, metano e butano.
Gás encanado
Segundo dados da Abegás, mais de 3 milhões de domicílios possuem gás encanado em todo o país (2021). Para Carla Sautchuk, diretora de Operações e Serviços da Comgás, além da checagem e verificação por um profissional capacitado de todo o equipamento de passagem de gás, é pertinente o consumidor ter um aparelho detector de vazamento, muito utilizado em diversos países do mundo e assegura ainda mais a segurança. “Para pessoas com problemas olfativos, torna-se um elemento imprescindível”, reforça.
Ressalta-se que diferentemente do botijão de gás comum, a do gás encanado confere uma chama azul e todas as bocas do fogão devem estar com as chamas iguais. “A diferença pode ser indicativa de irregularidade. Nesse caso, é importante acionar um profissional habilitado para fazer as verificações necessárias. Ao sentir cheiro, deve-se abrir as janelas para manter o ambiente ventilado e acionar a concessionária de gás natural da sua cidade para alertar sobre o ocorrido e para que uma equipe seja enviada até o local. Se o cheiro vier da rua, siga o procedimento de contatar a empresa fornecedora”, salienta Carla Sautchuk.
Jamais deve-se realizar por conta própria a manutenção de aquecedores e no caso de reforças, é imprescindível que as tubulações de gás sejam localizadas previamente, com o uso de informações dos cadastros das redes e ramais em campo, bem como a realização das sondagens. “Para isso, é necessário consultar a concessionária antes de iniciar os serviços e se caso durante a realização da obra alguma tubulação for danificada, feche o registro de gás e acione imediatamente a empresa”, conclui a especialista.
Foto: CBMCE
