Comitiva da Operação Corta Fogo troca experiências na Serra da Canastra
O Parna (Parque Nacional da Serra da Canastra), em Minas Gerais, recebeu, entre os dias 14 e 17 de fevereiro, a Comitiva da Operação Corta Fogo, composta por representantes do Corpo de Bombeiros, Polícia Ambiental, Fundação Florestal e SIMA/CFB, que foi ao local aprimorar os conhecimentos, com o treinamento ministrado pela equipe do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), sobre técnicas de queimada controlada dentro do Programa de Manejo Integrado do Fogo.
O foco do encontro foi apresentar para a comitiva, durante os três dias de aula, a teoria, o planejamento, além de proporcionar uma observação de campo, na prática, de como se dá o manejo integrado do fogo e quais são as melhores técnicas para prevenção e combate aos incêndios florestais.
“O objetivo foi alcançado, pois vimos, na teoria e na prática, como se dá o Manejo Integrado do Fogo e as técnicas de se usar o fogo de forma prescrita”, informa Sérgio Marçon, coordenador de Fiscalização e Biodiversidade (CFB) da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA).
Área “mosaicada”
Alguns biomas têm uma relação evolutiva de convívio com o fogo, especialmente os do Cerrado. Quando protegemos uma área que fica sem ser atingida pelo fogo por muitos anos, acontece um acúmulo grande de biomassa seca (capim e material vegetal em geral) que acaba tornando essas áreas propensas aos incêndios, com grande possibilidade de acontecer um desastre ecológico.
Quando o manejo integrado do fogo é realizado, a área é “mosaicada” para que em alguns trechos se faça uma queima prescrita e com toda supervisão necessária. A técnica diminui a biomassa de alguns trechos e, paulatinamente vai mantendo a vegetação das áreas em diversos estágios de desenvolvimento, prevenindo eventos de grande intensidade.
Segundo Marçon, os próximos passos serão a internalização do conteúdo junto aos órgãos participantes da operação. “De modo que possamos fazer ainda em 2022 alguns experimentos práticos em território paulista, escolhendo áreas para iniciar a introdução da técnica”, finaliza.