CBMCE muda regras de prevenção para se adequar aos chamados superprédios

0

É nítida a expansão de edifícios cada vez mais altos e mais complexos dentro das metrópoles pelo Brasil, que estão sendo reconhecidos como os superprédios.

Para se ter uma ideia, segundo a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrain) mostra que as vendas de novos imóveis residenciais cresceram 32,6% em 2023 em comparação com 2022. Outro dado, este voltado a São Paulo, revelou que volume de vendas de apartamentos em 2024 chegou a 21.849 unidades, aumento de 12% em relação ao ano anterior e maior número desde 2021, informa a plataforma Loft, com base de dados da prefeitura da capital paulista.

Esse cenário está impulsionando também alterações nos regramentos de combate e mitigação de incêndios nos chamados superprédios, ou seja, com mais de 100 metros de altura. Para tanto, o Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE), por meio das equipes do Comando de Engenharia de Prevenção de Incêndio (Cepi) visitaram recentemente Balneário Camboriú, SC, para pesquisar sobre as regras de prevenção de incêndios em tais imóveis, comuns na região.

 

Regras para os superprédios

 

Resultado dessas visitas foi a mudança em março das regras da norma técnica responsável pela segurança em edificações. Segundo o novo regimento, em prédios com mais de 100 metros, tornou-se obrigatória a instalação de detectores de incêndio em todos os cômodos dos apartamentos, com exceção dos banheiros; o que inclui os sprinklers.

Já em prédios de 30 a 100 metros de altura, os dispositivos só são obrigatórios em espaços de uso comum. “Há critérios específicos para cada tipo de prédio, dependendo das características de construção, como a quantidade de pavimentos e a altura da edificação. São fatores que definem também o uso de extintores, hidrantes, saídas de emergência, detectores e alarmes de incêndio, brigadas, entre outros”, destaca, ao site O Povo, o capitão Filipe Bentemuller, chefe da célula de pesquisa do Cepi.

 

Verticalização

 

Esse fenômeno está se tornando cada vez mais comum no país. De acordo com o Censo Demográfico de 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 22 anos, o percentual de pessoas que moram em apartamentos aumentou quase 10 pontos percentuais apenas na cidade de Fortaleza, chegando a 574 mil habitantes.

“A lógica da verticalização é boa, mas para ser sucedida precisa de planejamento urbano integrado, com a inclusão de áreas verdes, espaços públicos acessíveis e principalmente infraestrutura de mobilidade adequada”, aponta Lara Furtado, doutora em Planejamento Regional e professora visitante na Pós-Graduação em Engenharia de Transportes da Universidade Federal do Ceará (UFC), ao Diário do Nordeste.

Foto: Fabiane de Paula – Diário do Nordeste

Deixe uma Resposta

VOCÊ GANHOU UM CUPOM DE DESCONTO!

Utilize o CUPOM CIPA10 e tenha 10% de Desconto na Assinatura de qualquer Plano da Revista Cipa & Incêndio.

USAR MEU CUPOM CIPA10
*Essa promoção não é válida para quem já é assinante da revista e não é cumulativa com outras promoções.
close-link