Brigada contra incêndio em aeronave possui equipamentos diferenciados
Entre as ferramentas de trabalho, grupamento possui caminhões, vestimentas especiais e até mesmo itens de salvamento em altura
Apesar de o avanço tecnológico ter ampliado a segurança das aeronaves, aeroportos mantêm brigadas de prevenção e combate ao incêndio equipadas com veículos e equipamentos específicos para atender acidentes com aviões. Segundo Leonardo Marini, gerente de Resposta à Emergência Aeroportuária da Infraero – Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária, as principais ferramentas dos bombeiros de aeródromos são os veículos.
Os caminhões de emergência empregados em casos de acidente com aeronave, de acordo com Marini, são classificados em CCI – Carro Contra Incêndio – equipado com canhão monitor superior, canhão monitor inferior, instalado no para-choques, linhas laterais de mangueiras para liberação de espumas e pós-químicos. “Isso é necessário pois alguns componentes dos aviões não terão a chama apagada por água, como é o caso das rodas. Por isso precisamos de outros produtos químicos”, explica.
Já o CRS – Carro de Resgate e Salvamento – transporta a equipe de apoio do resgate, além de possuir serras, pés de cabra, materiais de primeiros socorros, macas e talas. “O foco desse veículo é a preservação da vida de passageiros e tripulantes”. O terceiro é o CACE – Carro de Apoio do Chefe de Equipe – que, segundo Marini geralmente é descartado. “Esses profissionais preferem acompanhar no carro das equipes, pois têm a oportunidade, desta forma, de ir orientando os profissionais durante o trajeto até o acidente”.
A adoção de procedimentos de prevenção contra o fogo, o combate ao incêndio e o salvamento de vidas foi definida no Código Brasileiro de Aeronáutica – Lei n.º 7.565, de dezembro de 1986, com a utilização de técnicas específicas, aplicadas por meio de profissionais especializados, instituindo então o SESCINC – Serviço de prevenção, salvamento e combate a incêndio em aeródromo civil.
Uso obrigatório de EPIs
Os bombeiros de aeródromos também recebem os equipamentos de proteção individuais (EPIs) que, segundo Marini, são obrigatórios nas ocorrências envolvendo fogo. Roupas de aproximação, luvas, botas especiais, balaclava, capacete e protetores auditivos são indispensáveis. “Também temos vestimentas de proteção nível A, destinadas ao atendimento de ocorrência com cargas perigosas”, lembra o gerente da Infraero. “E tem até roupa de apicultor, pois nunca sabemos exatamente o que encontraremos numa queda de aeronave”, afirma.
Além de tudo isso, a brigada conta com equipamentos de alpinismo, para salvamento em altura, como machado, escada, gancho ou garra de salvamento e aparelho de corte para remoção de cintos de segurança. “Outros itens fazem parte de nosso material de trabalho como manta resistente ao fogo, lanternas portáteis, inaladores com cilindros de ar comprimido, entre outros”.