Desde o início da pandemia, em março de 2020, aumentou significativamente a demanda por cursos de Segurança contra Incêndio no Brasil. Uma situação que, de acordo com levantamento feito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUC-PR em parceria com o Instituto Sprinkler Brasil (ISB), fez a oferta de cursos crescer cerca de 170% no país.
Para o Coronel Silvio Bento da Silva, oficial da reserva do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de São Paulo – CBMESP e diretor da Firek, a oferta de cursos online ajudou a aumentar a procura. “Até o início do ano passado, nós só oferecíamos cursos presenciais”, lembra. “Mas com a necessidade de distanciamento social, as aulas acabaram suspensas e tivemos que nos reinventar”.
Até fevereiro de 2020 os alunos da escola eram praticamente do Estado do Espírito Santo, sede da empresa. Com o Ensino a Distância, Bento viu as possibilidades aumentarem e hoje já contabiliza clientes em todo o país. “No máximo tínhamos um ou outro estudante da Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Mas agora recebemos interessados de todos os estados do Brasil”, garante.
“Notamos um crescente interesse de profissionais pelo assunto, o que impacta diretamente no grande número de cursos ofertados nos últimos dois anos. Tem muita gente buscando qualificação nessa área e há uma carência enorme de especializações para esse segmento”, analisa Marcelo Lima, diretor-geral do Instituto Sprinkler Brasil.
Bento entende que o fato dos estados terem adotado legislações mais rígidas para a SCI em edificações também tem provocado o maior interesse de profissionais. “Eu inclusive participei da elaboração das Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros de São Paulo, que atualmente serve de base para os demais estados. Cerca de 20 estados, incluindo o Espírito Santo, se utilizaram das instruções paulistas para elaborarem as suas”.
Hoje, o CBMESP conta com 45 Instruções Técnicas que norteiam a elaboração dos projetos de edificações, que devem ser seguidas por engenheiros e arquitetos.