Aeroportos precisam estar alerta para o combate e prevenção a incêndios

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Quando pensamos em incêndios florestais, logo lembramos de áreas extensas em chamas, prejudicando fauna, flora e comunidade do entorno. Eis que um componente também pode passar por apuros: os aeroportos e, consequentemente, o espaço aéreo.

A fumaça reduz a visibilidade do piloto, dificultando a aterrissagem e a decolagem seguras das aeronaves, além do risco de o fogo se alastrar pelas instalações,alcançando o posto de abastecimento de combustível. Vale lembrar que segundo o Art. 261 do Código Penal, praticar ato que impede a navegação aérea é crime, com pena de prisão prevista de dois a cinco anos.

Os aeroportos contam dentro de suas instalações com uma Seção Contra Incêndio (SCI), que conta com Bombeiros de Aeródromo, que recebem capacitação pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária – Infraero, em convênio com o Corpo de Bombeiros local, para prestar os serviços de prevenção e combate a incêndios dentro do sitio aeroportuário envolvendo aeronaves, instalações e outros.

 

Combate e prevenção em aeroportos

 

Dois aeroportos administrados pela CCR, o Internacional de Goiânia e o de Teresina, emitiram recentemente alertas à população no período de seca, baixa umidade e altas temperaturas, o risco de incêndio e queimadas aumentam.  Segundo informações da concessionária, apenas nos primeiros dias de agosto, o sítio aeroportuário de Goiânia registrou cinco ocorrências de incêndios.

Um desses focos foi detectado nas áreas operacional e hangares e a SCI do aeroporto agiu junto com o Corpo de Bombeiros local no controle da ocorrência, que durou por volta de quatro horas, sem prejudicar as operações. “O aeroporto está situado em uma área com muita vegetação, por isso que emitimos esse alerta, para que as pessoas tenham um cuidado extra. Isso afeta a segurança de todos, incluindo as operações do aeroporto e dos passageiros”, ressalta Tássia Fráguas, gerente do Aeroporto Internacional de Goiânia.

Outro problema acontece com os animais da região, que fogem das chamas, adentram o aeroporto ou quando morrem atraem urubus, ocasionando colisão contra as aeronaves, arremata Ingrid Mimoso, gerente do Aeroporto de Teresina. “Precisamos incentivar a adoção de práticas seguras e responsáveis. Nós, como autoridades da aviação, estamos empenhados em garantir a segurança de todos os envolvidos nas operações aéreas, bem como em preservar o meio ambiente”, diz.

 

Dentro do aeroporto

 

Além das questões externas, os aeroportos também precisam levar em conta a manutenção do espaço para que não ocorram transtornos. Em janeiro, o Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, na Ilha do Governador, RJ, sofreu um incêndio de grandes proporções dentro do terminal de cargas, sem vítimas. A RioGaleão, empresa responsável pela gestão do aeroporto, informou ao G1 que o incêndio não afetou a operação. “Reforçamos que cumprimos todos os protocolos de excelência de segurança operacional que regulamentam a atuação aeroportuária no país, e reiteramos a importância da parceria com o Corpo de Bombeiros nas ações preventivas e nas de emergência”, informou nota da concessionária à época.

Além de emitir alertas à população, as concessionárias e administradoras dos aeroportos também precisam se adequar estruturalmente e com capacitação de pessoal para possíveis ocorrências como a citada. Afinal, os locais também são palco de simulados e treinamentos com funcionários e bombeiros.

Um dos temas pertinentes é a emissão do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). Em 2020, a própria Infraero foi notificada em São Paulo, por uma reivindicação do deputado Edmir Chedid, para adequar os aeroportos administrados por ela no estado, como o Campo de Marte e o de Congonhas. Conforme notícia publicada no site da Assembleia Legislativa (Alesp), a Infraero afirma ter protocolado projeto técnico contra incêndio do Campo de Marte no Corpo de Bombeiros. No entanto, foi devolvido para adequação, sendo essa atividade desenvolvida por empresa especializada. O parlamentar foi informado que em relação ao Aeroporto de Congonhas, existe uma empresa especializada executando o projeto técnico de segurança.

Já a GRU Airport, que administra o Aeroporto Internacional de Guarulhos, também passou por um pente fino em 2022. A assessoria de imprensa da concessionária esclareceu em nota à Folha Metropolitana que o AVCB do Terminal 1 está válido até dezembro de 2023. “Já o Terminal de Cargas possui o TAACB (Termo de Autorização para Adequação do Corpo de Bombeiros), que também está válido. Cabe ressaltar que as estruturas do aeroporto têm seus processos distintos e são renovados conforme os procedimentos estabelecidos pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo. A concessionária salienta que segue as mais rígidas normas de segurança e está à disposição das autoridades competentes para esclarecimentos”, finaliza.

Foto: GettyImages

 

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