ABNT lança guia de requisitos e procedimentos para combate a incêndios florestais
A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – apresentou no dia 25 de agosto o guia “Prática Recomendada ABNT PR 1014”, que trata da prevenção e combate a incêndios em áreas de vegetação, matas e florestas. A meta, segundo a assessoria da instituição, é oferecer subsídios para governos, representantes da sociedade civil e à toda população, conhecimentos gerais sobre o tema.
O guia apresenta os requisitos mínimos e procedimentos básicos para o combate a incêndios em áreas rurais consolidadas ou nativas – florestas, para proteger a vida e o patrimônio, bem como para reduzir as consequências sociais e os danos ao meio ambiente.
A iniciativa, segundo Mário William Esper, presidente da ABNT, surgiu devido ao fato de incêndios em vegetação, matas e florestas formarem condições de propagação do fogo distintas dos demais tipos de incêndio que devem ser prevenidos e controlados com técnicas e procedimentos específicos.
“Como único e principal foro nacional responsável pela elaboração de Normas Brasileiras (NBR) destinadas aos mais diversos setores e representante do país no tocante às principais discussões internacionais, a ABNT elaborou a PR 1014, com as melhores práticas adotadas no mercado brasileiro e referências técnicas internacionais, bem como a aplicação dos conceitos de gestão e melhoria contínua”, afirmou Esper.
A PR 1014 reúne, segundo a ABNT, informações que vão da característica dos incêndios, a medidas preventivas, qualificação e capacitação das equipes de combate à chama, utilização dos equipamentos de proteção individual e coletivos e ferramentas, bem como os aditivos para água de combate, as viaturas e aeronaves usadas nas operações, procedimentos básicos de combate, plano de proteção, além da investigação das causas e origens.
O lançamento do guia acontece num momento de seca, quando os incêndios florestais se intensificam em todo o Brasil devido a ação humana e as alterações climáticas, causando sérios prejuízos como acidentes, redução da biodiversidade por meio da perda de florestas e matas nativas, alterações na flora, redução na umidade do ar, aumento da poluição ambiental, problemas de saúde pública, destruição de reservas, perdas de áreas de pastagem, culturas, moradias, veículos e equipamentos.
A elaboração da nova Prática Recomendada foi coordenada pela diretoria de Normalização da ABNT e contou com a colaboração do ABNT/CB-024 – Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio, especialmente de suas comissões voltadas à prevenção e combate de incêndios florestais.