Lições de Heathrow: Aeroportos do Brasil investem em simulados para prevenir tragédias

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O aeroporto de Heathrow em Londres, considerado um dos mais movimentados do mundo, está com suas atividades normais após o incidente por conta um incêndio em uma subestação elétrica a apenas 2,5 km do local, em 21 de março, impactando voos não apenas domésticos, mas para o mundo todo. O caso reitera a importância de planos de ação, capacitação de times dentro dos aeroportos e ainda a relevância de equipamentos e demais insumos para que tais problemas causem o mínimo de danos, como retratamos anteriormente aqui em Incêndio.

Para se ter ideia, uma das operadoras de voo, a British Airways cancelou 80 voos no total, tanto de partida quanto de chegada, informou a BBC. Vale ressaltar ainda que o aeroporto deveria ter operado 1,351 voos no dia do incidente, transportando até 291 mil passageiros.

 

Prejuízos de Heathrow

 

A matéria BBC acrescenta ainda que segundo autoridades, o incidente não foi criado no aeroporto,mas fora do local: “Autoridades disseram que até o momento não há indícios de que o incêndio tenha sido causado por ação criminosa.Jonathan Smith, vice-comissário do corpo de bombeiros, disse que o incêndio na subestação elétrica envolveu um transformador contendo 25 mil litros de óleo de resfriamento”, destaca.

“A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), que representa companhias aéreas em todo o mundo, criticou o aeroporto internacional de Heathrow por não ter um plano B para a distribuição de energia”, frisa matéria do g1.

 

Treinamentos pelo Brasil

 

Um dos meios para saber lidar com tais questões é a promoção de treinamentos e simulados que se aproximem ao máximo da realidade. Em Campinas, SP, em novembro último, o aeroporto de Viracopos foi palco de tal capacitação, com duração de mais de uma hora e mobilizou 140 entidades, com foco em treinar as equipes de resgate de passageiros em situações de emergência.

No simulado, uma aeronave de conexão que teria pousado para abastecimento, realizado com passageiros embarcados, em que acontece as primeiras chamas. Durante a simulação, as equipes seguiram os protocolos, combatendo o fogo por 20 minutos até conseguirem contatar com as vítimas. Além das equipes de socorro do próprio aeroporto e do Corpo de Bombeiros Militar (CBPMESP), o treinamento também contou com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) do município e limítrofes, sendo Sumaré, Hortolândia e Indaiatuba.

“Trata-se de uma simulação real e as vítimas se comportam como se estivessem machucadas e com dores, pois as equipes precisam tirar desse paciente, que está em uma situação difícil, tudo que pode ser feito por ele no momento do atendimento. É fundamental essa realidade do pessoal que participa da simulação”, comenta Gustavo Trindade, supervisor geral do SAMU, ao site AeroIn.

Outro aeroporto que realizou tal simulado foi o Afonso Pena, em São José dos Pinhais, PR. Na ocasião, também ocorrida em novembro do ano passado, a CCR, concessionária responsável pelo aeroporto, recebeu também apoio do SAMU, da Guarda Municipal, Polícia Militar, além de bombeiros militares e do aeródromo.

“O exercício simulou um acidente com aeronave, seguido de incêndio, no qual 100 vítimas, interpretadas por atores e colaboradores, foram atendidas e socorridas pelas equipes da CCR e de órgãos públicos, sendo possível avaliar a efetividade dos procedimentos estabelecidos no Plano de Emergência em Aeródromo (PLEM)”, informa matéria da Band News Curitiba.

Foto: Divulgação / CCR Aeroportos, PR

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