Bombeiros conectados mostram como uso de aplicativo facilita o combate a incêndios e o resgate de pessoas
Seja para contatar pessoas, seja para fazer um pedido, o uso de aplicativos e demais tecnologias não facilitam apenas a vida das pessoas, mas podem ser grandes aliadas no trabalho dos bombeiros. Aliás, as corporações contam com esses aparatos em suas atividades, já noticiados aqui em Incêndio.
Em Minas Gerais, o Corpo de Bombeiros (CBMMG) promoveu um mapeamento de áreas de risco, realizado pelo 7º Batalhão de Bombeiros Militar (7º BBM) em Montes Claros, trabalhando na prevenção e preparação em uma área de inundação e alagamento no bairro Ibituruna.
Para tal propósito aplicaram um simulado utilizando o aplicativo PROX, desenvolvido pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) para alertar os moradores que residem à jusante das Usinas Hidrelétricas sobre os riscos existentes nas barragens, passando a ser utilizado pelas mineradoras do Instituto Brasileiro de Mineração para também alertar a população, na Zona de Alto Salvamento (ZAS), em áreas de risco.
“Hoje, o Poder Público através do CBMMG, Defesa Civil Estadual e as Defesas Civis Municipais também passaram a utilizá-lo para realizar os mapeamentos e cadastramento da população, além dos pontos de apoio real e potencial dos órgãos públicos”, informa a corporação.
“Para as usinas Cemig, é possível acompanhar as informações dos reservatórios e pontos de monitoramento nos rios do entorno. É possível verificar, como por exemplo, o quanto de água que entra no reservatório e o quanto que sai, sempre atualizadas em tempo real”, frisa nota da Cemig.
Plataformas e aplicativo
A cidade de Cáceres, MT, conta com o aplicativo “Chama o Bombeiro”, desenvolvido pelo 5º Comando Regional de Bombeiros Militar (CRBM) e o Centro de Inovação Redes Inteligentes e Soluções Criativas da Universidade do Estado de Mato Grosso (Risc – Unemat).
Com foco nas pessoas com deficiência, o APP permite que usuários surdos se comuniquem visualmente, enviando vídeos ou fotos que detalham ocorrências, registrando automaticamente a localização exata do incidente, acelerando a resposta dos bombeiros.
A corporação se reuniu recentemente com servidores da Unemat para expandir a plataforma para outros municípios.“Essa iniciativa visa levar os benefícios do ‘Chama o Bombeiro’ para um número ainda maior de pessoas, garantindo um atendimento eficiente e inclusivo em todo o estado”, explica o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT), Alessandro Borges.
Já em Goiás, o Corpo de Bombeiros (CBMGO) desenvolveu o “Monitor de Queimadas”,cuja função é facilitara denúncia de incêndios florestais. O usuário envia as informações do local de foco de chamas e com mais precisão, os bombeiros conseguem se deslocar e evitar mais danos causados.
“Temos combatido os incêndios de forma efetiva e rápida, inclusive com o aumento de equipes em todas as regiões do estado. É uma ferramenta eficiente e ajuda muito, porque ao receber as denúncias e informações, nossas equipes se deslocam rapidamente, evitando maiores transtornos e prejuízos à população”, frisa capitão Jonathas, do CBMGO.
No “zap”
Já o mais conhecido aplicativo de mensagens usado no mundo, o WhatsApp, também chamado de “zap” no Brasil, também não está de fora quando o assunto é dispositivos para auxiliar os bombeiros.
Na cidade de Picos, PI, 4º Grupamento de Bombeiros Militar do município (4º GBM-CBMEPI) divulgou novo contato para atendimento da população, cujo número é (86) 99429-7268.A iniciativa visa tornar o Corpo de Bombeiros mais próximo da população quando necessitar do serviço, e também em caso de instabilidades do tradicional número nacional das corporações, o 193.
Também com o objetivo de atender as pessoas com deficiência e em Goiás, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds) e CBMGO divulgaram um número de WhatsApp exclusivo para atendimento, o (62) 99507-0938. Intitulado Projeto SOS PCD, com o número cadastrado no aplicativo é possível dar mais suporte e agilidade no atendimento de ocorrências a esses cidadãos, informa a pasta.
Foto: CBMMG