Trabalho dos bombeiros requer ainda mais preparo em incêndios noturnos

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Além da atuação em ambientes e ocorrências complexos, o trabalho dos bombeiros também não tem uma hora marcada, ou seja, pode ocorrer em períodos diurnos ou noturnos.

Em Mato Grosso do Sul, o Corpo de Bombeiros (CBMMS) está há mais de 100 dias em operação com o objetivo de combater, controlar e monitor os incêndios florestais na região do Pantanal. São 141 bombeiros militares, distribuídos em localidades estratégicas como Campo Grande, Corumbá, Anastácio, Miranda, Bonito e Porto Murtinho.

 

Desafios noturnos

 

Desse quantitativo, 92 estão em campo realizando atividades diretas, enquanto 49 desempenham funções no Sistema de Comando de Incidentes (SCI), coordenando e supervisionando as ações, informa a corporação, enfrentando temperaturas que podem variar de 10°C no sul do estado durante a tarde-noite até mais de 40°C pelas manhãs.

“A região do Pantanal sul-mato-grossense enfrenta condições climáticas desafiadoras, com estiagem persistente, baixa umidade relativa do ar e temperaturas elevadas.Diante desse cenário adverso, as equipes de combate mantêm vigilância contínua, tanto nas áreas afetadas quanto nas bases avançadas.As operações de rescaldo e monitoramento são realizadas com o auxílio de drones e satélites para assegurar a eficácia das ações”, completa a nota.

 

Atentos 24 horas

 

Já no ambiente urbano, a atuação dos bombeiros pode variar desde apagar um incêndio em um estabelecimento comercial até socorrer uma gestante em trabalho de parto ou uma pessoa acidentada.

“Nós estamos preparados para qualquer tipo de situação, sete dias na semana, 24h por dia”, enfatiza o tenente Gabriel Dantas, comandante de socorro do Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBMAL), em reportagem a RecordTV.

Para o sargento Victor Barros, que coordena a equipe de socorristas, é necessário um preparo constante, já que as ocorrências não têm uma previsibilidade e tal capacitação é determinante para o êxito nas operações.

“Todo o bombeiro precisa estar preparado para as ocorrências. Assim que recebemos o chamado e a sirene toca, vamos ao socorro da vítima, atendemos a esse sinistro e fazemos o atendimento o mais preciso e rápido possível”, salienta o profissional.

 

Adicional noturno

 

O Plenário Virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) em 2020 decidiu que, mesmoa Constituição Federal não preveja o direito a adicional noturno a militares (o que inclui bombeiros), fica cargo dos estados reivindicar o direito, “desde que o recebimento da parcela esteja expressamente previsto na Constituição estadual ou, no caso do Distrito Federal, na sua Lei Orgânica”, informa o STF.

Em Cuiabá, MT, por exemplo, a Vara Especializada em Ações Coletivas determinou, em abril, que o governo estadual pague 25% de adicional noturno a policiais militares e bombeiros que trabalharam entre 22 horas e às 5 horas do dia seguinte. A ação foi pedida pela Associação dos Sargentos, Subtenentes e Oficiais Administrativos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiro Militar do Estado de Mato Grosso (ASSOADE).

“Embora a Constituição Federal não prevê a remuneração do trabalho noturno superior à do diurno, no artigo 39, parágrafo 3º, incluiu o adicional noturno no rol de direitos dos trabalhadores urbanos e rurais extensíveis aos servidores civis ocupantes de cargo público. Tal fato não impede que os Estados-membros, de acordo com a sua competência para legislar sobre seu próprio funcionalismo, crie leis que assegurem aos servidores públicos militares o direito à percepção de outras vantagens remuneratórias”, destaca a decisão.

 

 

Foto:Ascom – CBMMS

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