Como os drones podem ajudar no combate a incêndios

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(Imagem: Reprodução/dronia.it)

O uso de drones já chegou aos serviços públicos da cidade de São Paulo. Nos próximos meses, projetos nas áreas de saúde e segurança irão integrar os drones a políticas públicas de combate à dengue e fiscalização de grandes eventos. No Corpo de Bombeiros, esse tipo de veículo já está sendo usado desde o final de 2015.

Os dois equipamentos auxiliam diretamente no atendimento emergencial das ocorrências da Grande São Paulo, ajudando a diminuir o desgaste dos bombeiros e encontrando com mais eficácia e agilidade os focos de incêndio. “Já tivemos mais de 20 ocorrências em que os drones foram empregados”, afirmou o Capitão Barelli durante palestra na Campus Party, feira de tecnologia realizada nesta semana em São Paulo.

Entre as ocorrências que contaram com esta cobertura estão o incêndio em uma fábrica de perfume, em um shopping, em um supermercado e em uma empresa de recicláveis na madrugada da virada do ano. Os drones têm a missão de ajudar um corpo de bombeiros formado por 2,1 mil profissionais e 270 viaturas focadas em atender 2 milhões de ocorrências por ano. “A tecnologia ajuda o bombeiro a não se desgastar muito e a encontrarmos com maior eficácia o foco do incêndio”, diz Barelli. Segundo o capitão, o uso de drones já conseguiu reduzir o custo de manutenção de aeronaves, as famosas Águias, que agora recebem menos ocorrências.

O uso dessa tecnologia para ajudar no combate aos incêndios foi possível devido a uma parceria do Corpo de Bombeiros com a Secretaria Municipal de Serviços de São Paulo. Independente de atuarem em esferas distintas – os Bombeiros são responsabilidade do governo estadual -, um convênio firmado há trinta anos permite que a secretaria adquira e repasse equipamentos e serviços. Foi assim com os veículos não tripulados. De acordo com o capitão Barelli, os veículos têm autorização da Aeronáutica para voarem. “Nosso equipamento está registrado. É como se fosse um ‘porte de arma’ que temos para conseguir utilizá-lo”, diz. Segundo Barelli, que reconhece que há falhas na fiscalização e legislação para uso de drones na cidade, a Aeronáutica precisa ser avisada com três dias de antendência. “Mas em uma emergência não temos como cumprir. Por isso, ligamos diretamente para o serviço de atendimento deles antes de algum levantar voo”.

Fonte: Época Negócios

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