Atentas para a prevenção, indústrias investem em capacitação das brigadas de incêndio

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Após os recentes casos de explosões em armazéns de grãos, mostraram a importância de um planejamento estratégico dentro das indústrias, estabelecimentos comerciais e edificações com grande circulação de pessoas para lidar com focos de fogo e destaca a importância das brigadas de incêndio. E o histórico está crescente: o Instituto Sprinkler Brasil (ISB), entidade sem fins lucrativos que difunde o uso de sprinklers nos sistemas de prevenção e combate a incêndios no comércio brasileiro, mostrou 2.041 incêndios estruturais noticiados pela imprensa em todo o país entre janeiro e dezembro de 2022, sendo lojas, shoppings e supermercados os mais citados, com 379 registros.

Muitos desses acidentes ocorrem por falhas, como falta de equipamentos para apagar os focos, ausência de treinamento capacitado e itens como extintores funcionando, por exemplo. “As ocorrências recentes revelamo descaso e a falta de interesse na segurança contra incêndios. Muita gente prefere fazer vista grossa, ou acha que a empresa nunca vai ser acometida por essa situação. Mas é sempre bom bater na tecla: prevenir é sempre melhor que remediar, sobretudo quando se trata de incêndio”, alerta Marcelo Lima, diretor-geral do ISB.

 

Brigadas de incêndio

 

Para cumprir as Normas Regulamentadoras e obter o auto de vistoria dos bombeiros, o AVCB, as indústrias precisam cumprir regras e fazer adaptações necessárias para garantir a segurança de todos. Segundo a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), as NRs são englobam procedimentos e requisitos voltados à segurança e medicina do trabalho e a NR-23 determina o que são brigadas de incêndio. O regramento aponta que qualquer empresa com mais de 20 funcionários precisa ter uma brigada,ou seja, uma organização interna, composta pelos próprios colaboradores, treinada para agir nessas situações.

Vale lembrar que é preciso buscar auxílio do Corpo de Bombeiros local para os treinamentos, bem como uma escola capacitada para promover as atividades. O Senai (Serviço Nacional da Indústria), por exemplo, conta com cursos de capacitação a brigadistas voluntários, o que ajuda nessa jornada de conhecimento.

 

Formação de brigadistas

 

Algumas iniciativas pelo país são realizadas para a formação de brigadistas. Em Vitória da Conquista, BA, 50 trabalhadores do setor industrial participaram do Curso de Formação de Brigada de Incêndio, oferecido graças a uma parceria entre a prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE), e o Grupamento de Bombeiros Militar.

Realizado em julho, o curso teve carga total de oito horas (dividido em dois dias), com aulas que dialogavam entre orientações em casos de acidentes com produtos químicos, primeiros socorros e como proceder no princípio de incêndio, seguido de atividades práticas. “Com esse conhecimento básico de combate ao princípio de incêndio, eles vão ser a primeira resposta, caso o local onde eles trabalham tenha alguma ocorrência de incêndio, ou se uma pessoa precisar de atendimento pré-hospitalar”, explicao soldado João Paulo Chagas, responsável pelo curso.

“O treinamento é de extrema relevância às indústrias do município, na proteção do patrimônio e da vida dos cidadãos. A iniciativa repercute positivamente, não somente aos trabalhadores da indústria, mas também nas suas respectivas vidas cotidianas, com efeitos positivos sobre as famílias envolvidas”, destaca Paulo Williams Rocha, coordenador socioprofissional e de Apoio à Indústria e Comércio da SMDE.

Já em Goiás, 72 colaboradores da CRV Industrial, usina localizada em Carmo do Rio Verde, fizeram o treinamento de brigadista, em abril, também com atividade prática, promovida por coronel Alberto, do Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás, que motivou a equipe nos exercícios de simulação, e conteúdo teórico, com Robson Ueg, engenheiro, instrutor e consultor de sistemas de combate a incêndios.

Segundo informações da usina, a CRV conta com colhedoras de cana dotadas de kits de combate a incêndios e as frentes agrícolas dispõem de caminhões pipa, que acompanham acolheita mecanizada e soldas. Também são promovidas ações educacionais com a comunidade do entorno e a manutenção dos aceiros, com metragem adequada para conter a propagação do fogo. “Destaque também para as torres de monitoramento, com equipe fixa 24 horas por dia e a utilização de recursos e equipamentos como caminhões motobombas, viaturas, caminhões de apoio e veículos emergenciais”, informa nota publicada no site Folha de Ceres.

Foto: divulgação CRV Industrial

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