Parcerias com universidades para projetos de pesquisas e inovação fomentam estratégias no combate a incêndios

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Do mesmo modo que as áreas da indústria e de ciências se beneficiam com o desenvolvimento de ensino e pesquisa, os bombeiros também são auxiliados nesse quesito, por meio de pesquisas e inovação, para otimizar as estratégias de combate a incêndios.

Um dos meios é a adesão com universidades. Por exemplo, a Universidade Federal de Uberlândia (UFU), MG, firmou uma cooperação técnica com Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), permitindo o desenvolvimento de atividades de extensão, no ensino e pesquisa na região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Uma das ações apresentadas durante a assinatura da minuta, em 2022, é o programa da Coordenadoria Intermunicipal para Redução do Risco de Desastres (CIRRD) do CBMMG, já empregado em alguns municípios e que tem potencial de crescer com a parceria da UFU.

 

Pesquisas em cooperação

 

O tenente Daniel da Silveira Morais Júnior ressaltou que a universidade pode auxiliar na prevenção, preparação e resposta a desastres, bem como nas pesquisas e extensão em áreas correlatas. “Com a cooperação, é possível o apoio em eventos técnicos para gerenciamento de riscos, elaboração de planos de emergência e de contingência, mapeamento de áreas de risco com os alunos da graduação no trabalho de campo, monitoramento do clima com emissão de alertas, expansão do projeto de instalação de estações meteorológicas às cidades do entorno ou mesmo projetos de radares meteorológicos e até o incentivo a trabalhos de conclusão de curso”, disse ao portal de notícias da UFU.

Já na Paraíba, a Universidade Federal do estado (UFPB) desde 2021 firmou parceria com o Corpo de Bombeiros Militar (CBMPB) nas áreas de capacitação e de prevenção e combate a incêndio e pânico. “É a primeira vez que o Corpo de Bombeiros está presente na UFPB, penso que é uma parceria importante para as duas instituições. Temos um corpo técnico importante e a corporação nos oferece todo o suporte com expertise em brigada contra incêndio”, explicou, à época, o reitor Valdiney Gouveia.

Dentre as atividades propostas de ambas as instituições promoção de cursos de capacitação pelo Corpo de Bombeiros para engenheiros, arquitetos e outros servidores da Universidade visando a elaboração de projetos eficientes no âmbito da segurança contra incêndio e, por outro lado, a qualificação dos recursos humanos do Corpo de Bombeiros em cursos de pós-graduação. “O principal é que a sociedade ganha com a parceria, trazendo benefícios a todas as partes, inclusive a população”, destacou o coronel Marcelo Augusto Bezerra de Araújo, comandante-geral do CBMPB.

 

Centro de pesquisa em SC

 

Santa Catarina conta com uma iniciativa em Florianópolis, o que faz a cidade ser considerada uma das pioneiras com a implantação de um Centro de Pesquisa e Inovação, ramificação da Diretoria de Segurança Contra Incêndio do Corpo de Bombeiros Militar do estado (CBMSC). Segundo informações da corporação, a história começa no final da década de 1970, quando se consolidou as primeiras instalações do espaço.

Nos anos 1990, tornou-se um laboratório de apoio pericial e em meados dos anos 2000 foi necessária uma pausa. Após mudanças e uma parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC), em que o CBMSC recebeu a cessão de uso do prédio por 20 anos, em 2019, foi reformado o prédio e instalou-se um laboratório mais moderno, dividido em duas frentes: uma destinada às análises de segurança e outra para reações químicas, em que são avaliados agentes acelerantes de incêndio.

“A inovação que trazemos é para permitir ao bombeiro a assertividade na vistoria da edificação, possibilitando o entendimento da reação ao fogo do material observado, se é realmente seguro, facilitando a elaboração de relatórios de investigação e laudos de incêndio”, argumentou o capitão Wagner Alberto de Moraes, da Divisão de Investigação de Incêndio e Explosão da Diretoria de Segurança Contra Incêndio (DSCI) do CBMSC, à Agência Catarinense de Notícias.

Esse conhecimento prévio se deve ao foco do Centro de Inovação, que está em avaliar o comportamento de materiais de incêndio e examinar em laboratório para sustentar laudos periciais. “Estamos disponíveis a outros estudos, já que com os mesmos equipamentos que temos podemos prestar serviços internos. Recentemente, fizemos uma análise de um combustível para o Batalhão de Operações Aéreas. Conseguimos identificá-lo, resultando em mais segurança na ocorrência do batalhão. Também verificamos a qualidade de álcool em gel, ou seja, são vários trabalhos que podemos prestar ao CBMSC e a outros órgãos estaduais”, concluiu o militar.

Foto: Ascom – CBMSC

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