O Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA), em parceria com a Defesa Civil Municipal e a Secretaria de Estado dos Povos Indígenas (Sepi), realizou recentemente um curso de brigada de incêndio a indígenas da Aldeia Gavião Kyikatêjê, na Terra Indígena Mãe Maria, em Bom Jesus do Tocantins, a sudeste do Pará.
“A estiagem foi intensa e o nosso objetivo é fortalecer essa comunidade, para que os próprios indígenas saibam como agir no combate às chamas, antes da chegada dos bombeiros. Nossa proposta é que a gente consiga formar mais guardiões da floresta em todas as regiões de Integração”, comenta Bianca Hammerschmidt, coordenadora de Gestão Territorial, Ambiental e Justiça Climática da Sepi.
A iniciativa atende as necessidades do estado, uma vez que o Pará teve mais de 11 mil ocorrências de incêndios florestais em 2024 registradas pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBM). Uma sala de situação atua para monitorar os focos. O estado é responsável por quase metade dos incêndios em toda a Amazônia Legal, segundo noticiado no G1.
Qualificação no Pará
Segundo os organizadores do curso, durante as dinâmicas, os participantes aprenderam como utilizar da maneira correta os equipamentos, cuja Defesa Civil de Bom Jesus do Tocantins se responsabilizou pela entrega de kits de EPIs. “Em um caso de princípio de incêndio, a brigada devidamente orientada sobre o que usar e como usar os equipamentos conseguirá impedir que as chamas se espalhem. A formação de brigada tem esse propósito”, salienta tenente bombeiro militar Ávila, do CBMPA, um dos instrutores.
Para Aiteipare Airompokre, morador de uma das aldeias, brigadista, bombeiro e socorrista, participar da qualificação foi crucial para aprimorar o que já aprendeu anteriormente. “Tivemos muitos incêndios no território, e vimos a necessidade de ter uma brigada. Isso é muito importante para o Povo Gavião, para ter mais conhecimento sobre como combater as chamas. A gente vai trazer mais pessoas para fazer parte”, comenta.
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